27 de novembro de 2007

Do Mundo Perfeito.

O que seria o mundo perfeito? Será possível?
Se a possibilidade se apresenta em uma minúscula, imperceptível e desacreditada chance, então a perfeição do mundo é possível. Mas o problema não é a possibilidade de um mundo melhor, o problema é saber como seria este mundo melhor. As guerras e os conflitos humanos foram travados com um interesse, mesmo que não genuíno: a construção de um mundo melhor. E por mais que isso pareça hipocrisia, eles não estavam enganando ninguém.
As cruzadas, as guerras civis, o Vietnã, o golfo, as guerras mundiais e todas as outras são resultado da crença de nações e de seus lideres pela busca da perfeição. O próprio Hitler queria uma sociedade ideal. Só que a humanidade não percebe que cada civilização tem uma idéia de mundo, e pior, cada cidadão tem o seu próprio mundo perfeito idealizado. O que se apresenta correto para mim, talvez não seja pra você. As diferenças culturais são barreiras para que o planeta se equilibre. As pessoas não admitem comportamentos, costumes, crenças e até escolhas que não sejam as suas. E no fim todos acreditam que a razão tem dono. Numa linha de batalha os adversários, cada um do seu lado, vão aos limites crendo que isso melhorará a vida dos povos, sem perceber que o outro tem o mesmo desejo sob outra bandeira. Morrem os dois.
O ser humano ainda é muito pequeno para assumir o seu papel no mundo. Nós temos a chance de avaliar os estragos causados, temos conhecimento das decisões do passado, e temos perspectivas futuras não muito agradáveis, mas não fazemos nada para mudar. Não peço para que criem movimentos, derrubem ditaduras, nem destruam falsos profetas (...), só incentivo a todos que valorizem o RESPEITO. Essa é a única arma contra todos os males. O respeito finaliza as guerras, destrói o terrorismo e cria uma revolução social.
Independente de quem seja, no que acredita e como vive, conte com meu apoio e com meu respeito.

18 de novembro de 2007

das PORTAS.

As portas nem sempre se encontaram abertas quando a vontade de passar aperece. É preciso uma prece para que o sorriso do mundo se manifeste a favor da conspiração do universo. Nem sempre as estrelas tem a visão perfeita da terra, nem a Lua desfila pelo céu todas as noites. Nem sempre hoje parece ser o dia mais feliz do mundo, pior é quando o amanhã também não nos é tão majestoso. O fato de que as coisas não são perfeitas na medida ideal da harmonia nos faz pensar no porque de tudo isso.
Imagino um mundo sem problemas, onde as flores sorrem nas manhãs quentes de domingo, quando a tarde se estica preguiçosa para ver o passeio dos namorados, quando a noite se torna interminavel nas reuniões de amigos. Mas isso não é verdade.
A imperfeição nos permite conhecer as diferenças, só assim podemos melhorar. Quando a gente melhora, o nosso mundo melhora. As vezes o melhor não é encontrar as portas abertas, mas sim espiar pelo buraco da fechadura.

17 de novembro de 2007

Lembranças da Barcelona que não conheço.

Homens encostados em paredes cinzas
olhando o passeio matinal das mulheres
independentes, que cortam a cidade
com seus saltos vermelhos sobre o chão.
Ruas e avenidas cheias de carros,
fumaça, pois não há mundo sem fumaça,
e praças cheias de pássaros.
As praças são refúgios sem fios de alta tensão.
Dias curtos e noites brilhantes
por entre os becos soturnos da Catalunha.
Sorrisos latinos na sobriedade européia.
Um cigarro queimando até o batom vibrante
de uma nativa que despeja seu olhar
nas ondulações mediterrâneas.
Desejos, - pois todo corpo vivo deseja -
inda mais quando do beijo espanhol
que eleva o calor além do conhecido.
Barcelona é um sol de sentimento
(que ainda não foram vividos).

10 de novembro de 2007

Eu sou Afro. E quem não é???

Criaram agora, não se sabe com que intuito, um novo modelo de pré-conceito, que diz que as pessoas negras são na verdade afro-brasileiras. Eu, me desculpem, não consigo entender esse rótulo. Acho que a questão é racial. POXA!!! É dificil compreender que a raça humana é a única? A cor é só pra dá uma vida na brincadeira. Já pensou se todo o mundo fosse laranja?
Bem, o que eu quero dizer é que eu sou então afro-brasileiro, e pelo menos na Bahia quem não é?! E se os negros, mulatos, morenos são afro-brasileiros, os brancos são o que?...Euro-brasileiros. Pior é tentar entender o que é ser pardo.
Nessa salada cultural que é esse país, que teve a glória de nascer nesse estado, quando no passado a alegria safada misturava tudo, escravo, índio e colonizador, é impossível descubrir quem não tem um pouco de cada coisa no sangue. Por isso, se me chamarem de branquelo, eu atendo, de uga-uga, eu atendo, mas por favor não se esqueçam que sou NEGÃO!