E de repente a gente percebe o quanto o mundo muda; E de repente a gente se dá conta de como um mundo novo nos inunda; E de repente a serpente da dúvida se embala em nosso próprio pensamento e nos deixa atordoados olhando pro céu; E de repente o de repente parece fazer parte permanente do destino que a gente está a escrever.
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Rever conceitos, rever histórias, rever novelas pessoais, rever amigos, rever ideias, rever certezas, rever até as próprias revisões acende na lanterna da gente uma confusão de tudo aquilo que parecia apagado. Um homem tem o tempo de uma vida para validar sua passagem, tem as doutrinas da sociedade para indicar um comportamento ou o seu inverso, e as situações de tempo/espaço para agir conforme lhe parece devido. Pós tudo isso o resto é registro, satisfatório ou não, daquilo que ele se permitiu escrever. Cada um carrega em sua biografia os dilemas humanos comuns a todos, e a vida se renova ao nascer de outros dias.
Não parece fácil estar sobre o solo, mas não me parece agradável estar sob o mesmo, então assim vamos passando por nossos percalços e por nossas alegrias. A vida é uma coleção daquilo que nos permitimos.
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Não sei se está boa ou não a vida agora,
mas sei que o instante é passageiro.