14 de outubro de 2011

Subentendido

Adele - Lovesong

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Temo ter decifrado os códigos que você insistem em não revelar. Suas orações secretas publicadas ao ar livre me inibem quando ainda penso em me aprisionar. Valerá cada segundo no mundo o momento em que você partir para a sua felicidade. Nessa nossa idade já não nos cabe a ignorância de não se fazer entender.
Foi o vento que soprou errado ou o lado do mapa que estava posto de maneira equivocada, mas o sol só nasce do leste, e meu ser silvestre não acredita em sua própria iluminação. Ele puro, bruto e inalterável. Eu, agora,  sou homem domesticado, flexível as variações do tempo, do tempo teu, do tempo nós. Mas na conjugação nos separamos para deixar acontecer o que não podemos impedir. O peito bate sozinho em seu ninho rubro de sentimentos.
Hoje não há mais momentos para citações. Quem te escreve sou, sem a mascara do autor utópico. Que seja feita a sua vontade nesta terra como em seu coração...


Um brinde a quem está disposto a viver!

12 de outubro de 2011

FM 12.10





"Meu coração bate sem saber
que meu peito é uma porta 
que ninguém vai atender."


Arnaldo Antunes
"Meu Coração"








4 anos

Hoje este espaço virtual faz mais um aniversário.
Parabéns para o BM!
...
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Diversos Layouts
e uma história íntima de experimentação.



Obrigado a todos que fizeram 
e fazem parte desta aventura!


Sr. ERRADO

Existem pessoas que nasceram iluminadas por estrelas mágicas que só atraem belezas e amores, existem os que infelizmente nasceram em dias nublados e tem a difícil tarefa de conviver com a chuva diária de sentimentos. Eu não sei ao certo o tempo, mas quando nasci garoava levemente e ao fundo era possível ver o sol brilhar, daí minha triste e enfadonha sina de ser o mestre em desiludir, em amar e não cuidar, em ser um popular solitário.
Não, não quero me fazer de vítima. Nessa história infelizmente eu sou o vilão, aquele que cultiva as flores para vê-las murchar no vaso sobre a mesa. No meu íntimo tenho essa infeliz facilidade devido a paternalidade com que cuido das queridas belezas que me cercam, mas na verdade sinto que sou doutor mesmo é na arte de sacrificar meus desejos em prol da certeza de que não serei eu a machuca-las, mas inevitavelmente é isto que acabo causando.
A dor proveniente da desilusão é a ingrata dúvida constante que não tem resposta devido o meu turbilhão de incertezas particulares. Eu sou o homem dúvida, o ser incerto, o mais perto do que se pode chegar da indefinição. O Sr. Desilusão que me criei é um monstro ingrato que invade o peito das donzelas indefesas e intocáveis que eu nunca deveria conhecer. Honestamente não sou um galã, nem um vigarista, não sou herói, nem destruidor, mas é esse intermeio de seres, indecifrável, que apresento para o mundo, que me envergonha e me emudece. 
Seria melhor se eu não amasse, se eu não fosse assim tão eu, se o mundo fosse pura dor e realidade, assim minha fantasia de romantismo não atingiria ninguém, nenhum coração perdido esperando para se encantar. Eu me condeno por cada lágrima alheia derramada, mas espero e torço para que minhas amadas se encontrem em braços que saibam as acalentar. 
Sou um ser errante, amante, errado.


9 de outubro de 2011

*filosofia de boteco...uM






"O que não muda é o fato de mudar."


...

kd o q eu qro...?


Na pressa de me entender esqueço de ser o mais claro possível. É nesse escuro privado que me proporciono que as coisas mais óbvias se escondem. Não sei ao certo o quê, nem os porquês de tantas idas e vindas, mas sinto que o caminho confuso que trilho, fui eu quem criou.
Nas subtrações espontâneas que me permito dos sentimentos que não quero aceitar surgem fagulhas de incertezas que me habitam constantemente na continuidade dos meus dias. Na demorada maneira de acordar pensativo ao deitar inquieto vivem angustias e delírios que não me deveriam ocorrer. Não sei o que quero, nem o que não quero, e minha busca às vezes se perde do sentido correto. O que sei é que vivo, inquieto pela minha alucinação corriqueira de querer o que não compreendo, e assim vou relendo em meus dias as dores, amores e alegrias de ser esse errante em campos selvagens de experimentação do conhecimento.
Saberei no final da linha do tempo se deu certo o fato de me ser assim, no gosto do beijo, ao jeito do corpo. Louco, sinto que sou normal enfim.

4 de outubro de 2011

eu vivi o melhor

Meus melhores momentos:






...dentre todos os outros momentos inesquecíveis.

Rock - entre a pedra e o mar.

Uma multidão caminha sob o sol na cidade entre a pedra e o mar. É para lá das águas da lagoa que aquela procissão se direciona, numa ânsia infinita de sorrisos discretos tentando disfarçar a satisfação de ter chegado. Primeiro é o silencio de se perceber, depois a euforia de se apresentar. E sob a imagem do mundo que lhe impulsiona cada individuo a sua maneira registra sua conquista.
Todos juntos numa direção pelo som que mexe com com nosso espírito, com nosso fervor quase celular por se entregar ao delírio de ouvir, ver e compartilhar essa tal felicidade que nos abriga. E começam os shows, as vozes se fazem ecoar, não apenas daqueles que estão ali para mostrar seu trabalho, mas principalmente daqueles que querem demonstrar seu amor, sua alma incansável. No Rock o que menos importar é a idolatria pela figura, mas a alucinação pela mensagem. O coro unido comove até mesmo o autor tão acostumado a ouvir seus versos, e as vezes basta uma onomatopeia para fazer brilhar os olhos de quem está acostumado aos grandes eventos. Não sei exatamente quantos estavam ali, muito menos quantos queriam estar também, mas posso afirmar que em cada um que se aproximava da ideia de lá estar ali abria-se uma caldeira de emoções ao som do primeiro acorde.
Depois veio o cansaço satisfeito de ter se permitido, veio o alívio por ter presenciado, a certeza de que se fez parte da história. E numa caminhada de espíritos molhados pela chuva de um céu entristecido por ver o fim, caminhava ali a certeza de que nos próximos haverão ainda mais motivos para se comemorar. No próximo meus amigos, estaremos juntos.

2 de outubro de 2011

Dimensão do Som

Lá dentro da cidade existe um mundo de histórias não contadas. 
Existe a graça e a desilusão de sentimentos.
Em meio ao barulho existe o silêncio de se estar feliz.







Chamar aquele espaço de cidade de certa maneira é minimizar a dimensão que ocupa dentro de cada um.