18 de abril de 2012

Ao som do Maglore


Léo, Teago e a cabeleira do Nery.



A noite de sábado naquele dia 15 de março era simples e seca, sem o efeito mágico de um pulsar diferenciado. Era um som enamorado que não batia correto, pois não havia perto quem retribuísse o sentimento. No lento momento em que me dispus a caminhar ao local, entre o subir escadas e adentrar o pequeno vão de sons, encaro o Teago, dono da voz, e sem tietagem observo seu anonimato entre os tantos e tão poucos espectadores daquele show independente ainda incomum a realidade do local.
A Maglore talvez seja hoje a banda baiana mais promissora , e olha que ela tem a companhia de nomes interessantíssimos que já tem seu espaço no cenário nacional e internacional. Contudo foi muito bom perceber o espírito juvenil e desgarrado de firulas de estrelismo. O show se desenrolou magnificamente empolgante, com uma turma ambulante que sabia todas as músicas e todas as pausas, que cantava com a alma os versos bradados de amores e desamores que nas canções se contam.
No fim da farra, na calçada onde as pessoas normais se encaminhavam aos seus devidos lugares, deu pra trocar uma ideia e uma resenha com o Teago e o Léo, e perceber que os meninos são sonhadores e moleques tão comuns quanto tantos, mas diferentes o quanto se permitem ser. Produzindo sentimentos sonoros eles inundam o ar com um som que faz companhia nos dias de solidão, e que embala as horas de amar, e...
“Quando eu dou por mim eu não estou mais tão sozinho, tenho a beleza da cidade...”


No show o Léo me contou sobre a gravação dessa música para o projeto Re-Trato do Musicoteca. E ficou muito lindo!

8 de abril de 2012

Domingo de Abril

Coldplay - Us Against the World

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Amanheço como o sol escondido sobre a névoa, discreto feito a rua silenciosa que me recebe. Disposto ao suor me lanço na corrida de pensamentos borbulhantes e quilômetros de asfalto morno. O vento frio que me abraça afugenta as traças de um ócio preguiçoso que insistia em me acompanhar. Meu lar foi um abrigo insone  onde a cama arrumada ainda me espera para o descanso.
Vagueio por uma vida de confissões e confusões não reveladas, penso em futuros alternativos que provavelmente nunca viverei e me canso no retorno ao que me é realidade. Sentado no passeio da casa que um dia teve sentido, observo através dos meus óculos embaçados a vida continuar sem brilho para mundos outros que me cercam. Eu ainda sigo, por um caminho que irei descobrir.
Depois de um banho de ilusões e desilusões imaginadas, me entrego ao sono sobre a cama vazia. Conto mais 1 dia e adormeço enquanto o mundo acorda.


"Sing slow it down..."