20 de outubro de 2010

19 de outubro de 2010

O Diabo do Homem

um romance hipotético a respeito do pensamento humano
_________________________________________
.I.


Há milênios atrás em uma determinada região desconhecida do mundo surgiu uma aldeia onde os homens viviam das ações primitivas como a caça. Todos os aldeões eram igualmente responsáveis pela manutenção da rotina e pelo progresso que se instalava em seus modos de vida.
Percebendo da capacidade de produzir, o homem resolveu utilizar do seu conhecimento sobre a natureza para interferir nos ciclos dos vegetais, assim surgiu o ato de cultivar. Essa atitude provocou a observação e interesse nos outros grupos que percebiam a mudança no comportamento daqueles humanos que agora já não viviam reféns das estações, e estavam promovendo uma mudança no ambiente onde se encontravam instalado.
A necessidade de fortalecimento do homem se deu através da união dos interesses. Os seres daquele grupo já não eram nômades e o seu comportamento para com os mesmo de outros grupos também não era hostil. Aos poucos, baseados na coletividade das atividades foram se formando novos grupamentos em torno das primeiras casas. O que antes parecia uma vila familiar passou a incorporar outros homens que habitavam a região de maneira isolada, e isso foi alimentando a rotina local com outros costumes, contudo a busca pela sobrevivência coletiva ainda era o principal objetivo.
Enquanto aprendiam a controlar os ciclos das plantações adequadamente os aldeões perceberam que também era possível fazer uso dos animais de maneira consciente. Passaram a criar animais pequenos que serviam de comida, e depois animais maiores para as ações do cultivo e outras atividades.
A sociedade se formava de maneira promissora, até que começaram a surgir os primeiros conflitos de convivência. Um dos motivos para o problema se deu justamente no momento em que os homens não tiveram mais que se deslocar para caçar. Agora que estavam todos ali no mesmo ambiente, e que já não eram parte de uma mesma família, não se conseguia chegar num consenso em quais atividades cada homem assumiria como de sua responsabilidade. Ninguém se sujeitava a realizar ações menores, pois isso acarretaria em um desrespeito social.
Como não havia hierarquia familiar não existia um comando natural, e não fazia parte do ideal de sobrevivência o desapego ao egoísmo, os homens daquele novo grupo, resultado das uniões de progresso, não se permitiam assumir papel inferior nas ações da rotina.
Desse modo cada homem tomou pra si a idéia de realizar por conta própria às ações que acreditavam ser de sua competência. Isso provocou uma desestruturação da sociedade. Todos cultivavam o mesmo alimento, todos criavam os mesmo animais, e todos realizavam as mesmas ações na aldeia. Agora cada um vivia a vida pra si, e o grupo era apenas uma questão de geografia em meio à selva que a cercava.
Veio a primavera, o verão, o outono e no inverno tudo que havia se construído naquele pequeno espaço do globo se desfazia feito espuma no mar. Os homens solos rejeitaram o pensamento coletivo. Nada parecia capaz de uni-los novamente até que em uma noite de frio e neblina algo de muito estranho aconteceu.

.II.

Na noite da loucura, ouviam-se gritos e sussurros pelas frestas das portas. Pela janela era possível ver sombras passearem pelo campo em torno do vilarejo
Um aldeão de certa idade, membro de uma das casas mais simples da aldeia trouxe a mensagem que os membros precisavam escutar. Naquela noite um ser das profundezas da alma terrestre havia se irritado com tamanha fraqueza humana e resolveu eliminar os irmãos que estivessem em desacordo com os princípios. Esse ser inominável tinha uma missão de ceifador dos males humanos. Levava consigo os que não habitavam os preceitos condizentes com os interesses sociais.
A partir daquele momento havia o que se temer. O homem já não era único dominador da natureza. Naquele momento era integrante da gama de seres já dominados por ele. Um ser desconhecido e abominável tinha poder superior, e temer era única maneira de continuar habitando o meio. Através do medo foi possível conter o ímpeto.
A ordem se restaurou, e o ar de medo enchia o peito daquela aldeia. Ninguém mais se sentia capaz de questionar as determinações que agora eram interpretadas pelo mensageiro. Um homem comum aos demais não fosse o fato de ser o interlocutor entre a fera e os aldeões. Mas a força da mensagem que trazia criava uma áurea de temor e receio em torno de si e dos seus.
A sociedade prosperava sem equilíbrio. Aos poucos o muito, e aos muitos, pouco. Assim aqueles ao lado do mensageiro se postaram no alto da pirâmide do poder social. Nascia o extremo das classes e aflorava a essência do comportamento egoísta absoluto que reinou por tempos no seio humano.
A miséria se expandiu pelos cantos do vilarejo, enquanto os cálices de ouro tilintavam ao brinde do ancião mensageiro e seus descendentes. Criou-se um reinado de pavor que por tempos se exibia concreto.
Deu-se a existência do assombramento pacificante, agora eram reféns de uma mal possível e invisível. Não se pode subestimar o inimigo natural pelo simples fato de não conhecê-lo. Todos se postavam diante da besta julgadora.

.III.

Com o passar do tempo o regime do medo foi ganhando resistência, os outros aldeãos observando a desigualdade promovida pela fera, ou pelo temor humano, começaram a questionar a sua existência e principalmente o seu poder. A sociedade respeitava o mensageiro, mas não se unia a seus ideais. A massa não se permitia ir contra, contudo também não se associava ao governo da temeridade.
Vendo desse espaço abandonado pelo mensageiro e seu grupo bestial, um aldeão utilizando de sua astúcia promovia versos a outra entidade, que ao invés de julgar e condenar as ações dos aldeãos, promovia as bonança no seio do povo.
Então de repente o que era natural, passou a ser celestial. A chuva, o sol, a prosperidade e todas as demais situações de felicidade do individuo provinha de um ser superior ao homem e também a fera que perseguia a população.
Desse modo aos poucos a sociedade começou a rachar. A aldeia se dividiu entre os temerosos da fera, comandados pelo mensageiro, e os abençoados pelo celeste, comandados pelo representante. Ambos acusavam o outro de ilusão e desrespeito. Ambos ofereciam um caminho certo a seguir.
Contudo apenas um manteve seu posto e a o outro teve que assistir o desfacelamento de sua história. Venceu a batalha o que ofereceu conforto. O ser celeste agora era supremo, e acreditava-se que a paz reinaria naquelas terras.
Os homens embriagados com a certeza de que alguém proveria suas necessidades comemoravam a vitória dos céus, e esqueceram-se dos seus afazeres. As estações foram se sucedendo e agora toda aquela euforia se dissipando silenciosamente. Esperando que o deus bom fosse enviar o suprimento para as mazelas os aldeões se mantiveram estáticos perante a natureza, e as plantações fracassaram, e os animais se foram. A fé estava abalada, até mesmo para o representante que descobriu que sem o medo o homem não se sente devedor, e com isso não aproveitou dos benefícios de líder que haviam surgido ao mensageiro.
Dado o caos da preguiça e esperança, o representante do céu requereu a presença do mensageiro da fera, afim de um acordo. Dias depois a nova doutrina social previa que quem não se permitisse seguir os fiéis comandos do senhor celeste, haveria de pagar nas profundezas com a fera tamanho erro. O medo fora ressuscitado, e a esperança mantida.
Contudo não seria suficiente para organizar e conter a massa. Viver era uma arte que todos já haviam aprendido, e na vida o maior temor era morrer, porém morrer era o natural fim da passagem. Os homens estavam habituados com a idéia da morte. Mas não com a idéia que haveria uma recompensa ou um castigo depois dela.
A insegurança diante do receio de seu destino passou a ser o principal motivo da associação popular com o credo instaurado. A sociedade se equilibrou, os homens passaram a cumprir com seus deveres naturais e com os deveres criados pelos representantes do credo.
Agora todo aldeão devia ao desconhecido ser celeste, algo tão desconhecido quanto mesmo, a sua alma. O poder abstrato passou a reinar. E os seus interlocutores mantinham o poder de modo sustentável e seguro.

.IV.

Porém uma desgraça começou a se alojar na mente do homem. Está malévola contaminação se proliferou por várias mentes e promoveu diversas ações distintas.
O conhecimento se alastrou pelas ruas da aldeia, que se transformou em vila e progrediu a cidade. O progresso, fruto do conhecimento, permitiu que novas figuras humanas oferecessem também sua idéia ilusória de salvação. Novos deuses surgiram, para combater novos males. E o deus de um não podia conviver com o deus do outro.
Os embates foram tomando proporção e força até que o combate se tornou inevitável. A guerra se fez, e os inventos do conhecimento alimentaram a sede de sangue dos deuses humanos.
O homem se destruiu. A sociedade se desfez. Os deuses e feras retornaram a caixa de pandora da inexistência. Tudo era lembrança do apocalipse humano. A cidade se tornou pó.

.V.

Existe nos arredores das ruínas apenas uma choupana onde uma família se mantém. As crianças brincam entre as plantações, os animais soltos vagueiam pelo gramado, a mulher cuida dos afazeres e eu lhes escrevo nossa história.
Aqui em nosso éden particular foi preciso aprender a ser só no coletivo e vivo na união. Não tememos nada que não seja natural, nem tão pouco devemos a ninguém, pois o que temos é resultado de nossas ações.
As regalias que a vida nos oferece são desfrutadas de maneira intensa já que é previsível a efemeridade das coisas. As batalhas que enfrentamos são na esperança de continuarmos mais dias em comunhão. Somos um pequeno grupo de sobreviventes que se permitem apenas a certeza do presente.
Contudo não aniquilamos a fera ou o ser celeste, ambos mantemos vivos o bem e o mal, porém aprisionados em nosso interior. A verdade é singular e o respeito é à base de sustentação de minha família. Cada um cria o seu caminho. Não nos limitamos. O paraíso é coexistir na beleza da vida.

16 de outubro de 2010

Visões do 2º Turno

Dia 31 ocorrerá o fim das eleições 2010. Aqui só iremos optar pelo presidente, todos os demais cargos já foram ocupados (bem ou mal). Diante disto farei uma breve analise a partir de minha sutil miopia política.
Eis os dados deste embate:


         Azul X Vermelho
Homem X Mulher
      Sul/Sudeste X Norte/Nordeste

Aparentemente as diferenças se limitam a este fatores. Nos demais, ambos os candidatos compartilham de situações parecidas. Seja no quesito beleza, ou a falta da mesma; Seja na questão da inexistência de projetos para um governo futuro; Seja na confiabilidade vaga que os mesmo apresentam aos menos crédulos e mais observantes do Estado.
Se depois de 16 anos corridos um fez o esgoto e o outro pavimentou a rua, eles não fizeram mais do que a obrigação. Tenho comigo apenas a certeza de que a mesma não será arborizada!INFELIZMENTE
.
.
.
Obs: Nas propagandas tem se visto cada vez menos projetos e cada vez mais acusações. O que me leva a pensar que no Brasil se abdicou de eleger o melhor programa de governo, se elege aquele que promete ser menos corrupto. 

14 de outubro de 2010

A dimensão do homem

As vezes me espanto olhando o mundo. Tem horas em que tudo me parece tão pequeno, enquanto em outras horas o pequeno sou eu. A dimensão do que penso delimita a dimensão do que sou. Isso cria um paradoxo interessante e angustiante da vida: quando penso grande me vejo pequeno, e quando do contrário é o contrário e pronto.
As vezes meu olhar panorâmico me deixa em pânico ao ver o quão importante as pessoas pensam que são. As vezes eu sou uma dessas pessoas, meu mundo é magnifico e o universo se resume na rua onde moro e nas pessoas com quem convivo. Me limito a tal ponto que o mundinho que me cerca serve apenas para me sufocar. As vezes o universo se expande num piscar que torna distante qualquer sonho de compreensão. A minha ambição é saber mais e mais, e isso me diminui enquanto ocupante desse espaço infinito.
O meu grito ecoa no vão das incertezas e imprecisões de minha mente, mas ao menos o demente que vos narra seus dilemas tem a certeza de que seu tamanho é resultado de seu conhecimento [ínfimo].



Sinais de luz - Alvaro Dias


12 de outubro de 2010

Ano III

Em três anos muita coisa aconteceu. Muita coisa mesmo. Não posso aqui relatar uma seleção das coisas mais importantes, pois tudo foi de certa maneira importante. E além disso, esses três anos estão diretamente relatados aqui em todos os textos de maneira objetiva ou não, cada verso traz uma mensagem, uma lição aprendida, um momento guardado na eternidade.
Minha maior felicidade na existência desse canal é a possibilidade de manutenção das relações distantes, assim como a possibilidade que  mesmo me dá de conhecer as mais variadas pessoas dos lugares que parecem inacessíveis do cantinho de onde escrevo. A todos vocês, mais uma vez, muito obrigado pela convivência!
Que venham mais três!!!...

da Infância

Quando eu menos esperava veio a minha alegria. Em pequenas doses de sentimento vi o momento se transmutar no crescimento daquele corpo, daquele eu mirim, que já não lembra tanto o meu jeito, mas que é perfeito em sua singularidade. Do mais, ele é como qualquer outro: brinca, chora, ri e faz pipi, se contorce em careta e faz cocô, faz birra e sai desembestado do lado de quem quiser sair com ele. Parece um gato, tem apego ao lar. Mas o lar dele é no colo da 'mamam', e na loucura do 'papá', e nos carinhos e vontades dos 'dós'.
O tempo vai seguir e ele vai continuar sua metamorfose natural, vai ganhar mais dentes, mais gordura, mais tamanho, e vai exigir cada vez mais atenção. Isso aconteceu comigo e com vocês. Aconteceu e acontece com todo mundo. A gente cresce, mas não desaparece a criança que nos habita. Por mais sóbrio e sério que possamos parecer basta um colo da mãe, uma bronca do pai, para rememorarmos a nossa condição de bebê eterno aos olhos deles. E não se enganem, vocês agirão da mesma maneira. A gente vai crescendo e torcendo pro tempo ir mais lento, para aproveitar mais o que a vida nos oferece, para saborear as minúcias do cotidiano, para ver cada movimento daquele rostinho sorrindo pra nós.
A infância é um parque de diversões efêmero.

10 de outubro de 2010

Je me parfume

Quando da tua boca de sabor de fogo se pronuncia as letras de meu nome me sinto como nunca me imaginaria novamente. É de repente que a gente sente um calor a percorrer o corpo. De tão intenso e inconsciente me sinto um pobre louco entregue em teus desejos, sonho o beijo que me lanço em tua direção e antes do contato  já posso produzir a sensação completa de meus sentidos. Tenho pressa em me fazer feliz e a matriz dos meus sabores são tuas mansas canções ao pé do ouvido. Quero o agora dias e dias à fim, quero tanto esse momento que esqueço das dores presentes, guardo apenas a realização antecipada do enlace. Antes de sair de casa já sei tudo que quero fazer com você, mas é sempre um tanto diferente, e é sempre melhor. 'E cada letra me enlouquece, as minhas noites são brancas e para sempre' como se o extremo do prazer habitasse em mim.
"...
 a l'aire d'un sage
Et ses paroles sont de velours
De sa voix grave
Et de son regard sans détour
Quand il raconte
Quand il invente
..."
Raphaël - Carla Bruni




9 de outubro de 2010

O perfume dela

Era tarde de calor em mais um fim de semana comum, quando ao longe a brisa me trouxe a certeza de uma prazerosa lembrança. Na dança de versos avulsos, o sangue em meu pulso vibrou na alegria de recriar uma imagem, a mais terna  ilusão de que a felicidade estava ali. Daquele dia em diante o ser amante que havia sucumbido aos dias triste que persistem em nos cercar no teatro da vida voltou a se exibir. O meu sorriso meio indeciso berrava gigante aos ventos errantes que se esvaiam de mim. Era a primavera de calor ardente, uma estação de passagem distinta, a sensação de minutos eternos, era eu embriagado de saudades de meu próprio coração. Nesse dia você apareceu...
.
O teu perfume me inunda na iminência de te imaginar.

7 de outubro de 2010

Pequenos Contos Modernos - IV

¬. A Janela d'Além Horizonte
...
Todos os dias lá estava ele a contemplar o cotidiano de sua rua. Ninguém o notava, ninguém o sentia, mas não havia dia, nem tempo que o impedisse de se manter concreto em sua posição. Com o busto sobre o batente de cimento e o olhar turvo atento ao que se movia. Ele estático em sua analise solitária da vida que seguia seus rumos distintos era a marca da paisagem por tantas vezes despercebida.
Mas a vida segue seu próprio caminho independente dos viventes, dentre as linhas únicas existe um emaranhado de dados que nos ligam, que nos uni, mesmo que nós não tenhamos contato. Existe na rua o tato do tempo, que nos toca provocando sensações diferentes sobre a mesma sentença. Pensando nisso um dia ele não se postou sobre o batente. E o presente parecia comum, mas havia algo de errado no percurso. Não havia o vigilante da ordem no caos, não havia a figura singular do homem que vê além daquilo que nos permitimos enxergar. Estávamos inseguros na orfandade do observador.
Passaram-se alguns dias na monotonia da incerteza do que haveria ocorrido. O velho de armações oculares sem lentes não fazia suas aparições corriqueiras, ele parecia um criminoso, um fugitivo de suas obrigações. Os outros moradores seguiam suas rotinas. As crianças brincavam, os adultos trabalhavam, os velhos seguiam seus ócios e não havia ninguém para registrar as performances sociais.
Na sua ausência então coube a cada um observar um pouco mais do que o comum. De repente eu percebi o quanto colorida era aquela rua, quantas novas crianças se espalhavam pelos gramados da praça, como os vizinhos eram pessoas agradáveis e como aquela janela estava vazia sem o olhar que outrora saboreava cada camada de cores que a rotina singela de nossa terra pode nos proporcionar.
Então deu-se o retorno. E curioso como havia ficado, na primeira oportunidade de avistá-lo, fui saber o porque de sua tão demorada ausência. Ele em sua linguagem simples e sabedoria extensa de longos dias vividos me disse:
"- Fui a capital fazer uma cirurgia nos ouvidos. Tava escutando cada vez menos do mundo. E como cego de longa data, é o ouvido que me permite perceber a sua valorosa presença toda manhã rumo aos seus afazeres, e o retorno no fim da tarde para os sorrisos de sua família."
Dei minhas boas vindas e retornei a minha rotina. Dessa vez me permiti perceber como os paralelos da rua são irregulares, como as amedoeiras da praça estão carregadas e como as pessoas podem ser interessantes. Eu segui meu rumo de olhos abertos.

4 de outubro de 2010

Eleições 2010

No fim de mais um pleito eleitoral fica aquela velha sensação de dever cívico, de prosperidade futura, de ufanismo libertário,... [disco arranhado]
Ontem foi mais um domingo de escolhas públicas, que definiram os rumos a serem seguidos nos próximos quatros anos. Se foram escolhas acertadas ninguém pode confirmar até o fim de 2014, contudo ficou evidente a indignação e a ignorância de determinadas camadas da sociedade brasileira. Não tomo partido, mas partindo do pressuposto que os eleitos e mantidos ao segundo turno são a opção da maioria do eleitorado, me pergunto:"- o que pensa o povo brasileiro?"
Reforcei meu pensamento de que aqui não se pensa, se festeja.
Agora é viver para ver as decisões dos nossos governantes, estejamos satisfeitos ou não. Em 2011 iremos assistir a está estreia promissora.
 .
.
Dados relevantes:
*O palhaço Tiririca foi eleito Deputado Federal com mais de 1,35 milhões de votos pelo estado de São Paulo, o que comprova a busca por profissionais para participar do circo político nacional.
* Por diversas seções eleitorais, os mesários e presidentes descobriram que existe um tipo pior de eleitor que o analfabeto, é o analfabeto-bêbado-partidário.
*O Brasil apresentou mais uma vez ao mundo o que tem de melhor em política: um dia de extrema eficiência. E também o que tem de pior: a perspectiva de mais 4 anos de absurdos.
...

"Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão."  

-eça de queiroz-

2 de outubro de 2010

na Boca da Urna

Ontem à noite em Brasília a democracia assumiu um espaço no Teatro Municipal e soltou o verbo, muitas vezes acompanhados de palavras populares de significados comuns. Entre os palavrões proferidos pelo sempre interessante e sagaz Danilo Gentili ficou exposto situações ironicamente infelizes de nossa rotina política.
Não sei quantos processos ele terá de encarar, mas com certeza a população brasileira agradece pelo deboche.
.

Eu ri muito de minha míseravel situação de cidadão brasileiro.
.
O vídeo na integra está no CQCblog .

1 de outubro de 2010

Lembrando dos meus... [2]

.
...e na tua ausência a saudade me abraça
cada vez mais forte.
.
.
.
sentimento aos amigos que em qualquer canto deste vasto globo em algum momento me fizeram sorrir e me ensinaram a ser um homem melhor.