Na pressa de me entender esqueço de ser o mais claro possível. É nesse escuro privado que me proporciono que as coisas mais óbvias se escondem. Não sei ao certo o quê, nem os porquês de tantas idas e vindas, mas sinto que o caminho confuso que trilho, fui eu quem criou.
Nas subtrações espontâneas que me permito dos sentimentos que não quero aceitar surgem fagulhas de incertezas que me habitam constantemente na continuidade dos meus dias. Na demorada maneira de acordar pensativo ao deitar inquieto vivem angustias e delírios que não me deveriam ocorrer. Não sei o que quero, nem o que não quero, e minha busca às vezes se perde do sentido correto. O que sei é que vivo, inquieto pela minha alucinação corriqueira de querer o que não compreendo, e assim vou relendo em meus dias as dores, amores e alegrias de ser esse errante em campos selvagens de experimentação do conhecimento.
Saberei no final da linha do tempo se deu certo o fato de me ser assim, no gosto do beijo, ao jeito do corpo. Louco, sinto que sou normal enfim.
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