9 de outubro de 2011

kd o q eu qro...?


Na pressa de me entender esqueço de ser o mais claro possível. É nesse escuro privado que me proporciono que as coisas mais óbvias se escondem. Não sei ao certo o quê, nem os porquês de tantas idas e vindas, mas sinto que o caminho confuso que trilho, fui eu quem criou.
Nas subtrações espontâneas que me permito dos sentimentos que não quero aceitar surgem fagulhas de incertezas que me habitam constantemente na continuidade dos meus dias. Na demorada maneira de acordar pensativo ao deitar inquieto vivem angustias e delírios que não me deveriam ocorrer. Não sei o que quero, nem o que não quero, e minha busca às vezes se perde do sentido correto. O que sei é que vivo, inquieto pela minha alucinação corriqueira de querer o que não compreendo, e assim vou relendo em meus dias as dores, amores e alegrias de ser esse errante em campos selvagens de experimentação do conhecimento.
Saberei no final da linha do tempo se deu certo o fato de me ser assim, no gosto do beijo, ao jeito do corpo. Louco, sinto que sou normal enfim.

4 de outubro de 2011

eu vivi o melhor

Meus melhores momentos:






...dentre todos os outros momentos inesquecíveis.

Rock - entre a pedra e o mar.

Uma multidão caminha sob o sol na cidade entre a pedra e o mar. É para lá das águas da lagoa que aquela procissão se direciona, numa ânsia infinita de sorrisos discretos tentando disfarçar a satisfação de ter chegado. Primeiro é o silencio de se perceber, depois a euforia de se apresentar. E sob a imagem do mundo que lhe impulsiona cada individuo a sua maneira registra sua conquista.
Todos juntos numa direção pelo som que mexe com com nosso espírito, com nosso fervor quase celular por se entregar ao delírio de ouvir, ver e compartilhar essa tal felicidade que nos abriga. E começam os shows, as vozes se fazem ecoar, não apenas daqueles que estão ali para mostrar seu trabalho, mas principalmente daqueles que querem demonstrar seu amor, sua alma incansável. No Rock o que menos importar é a idolatria pela figura, mas a alucinação pela mensagem. O coro unido comove até mesmo o autor tão acostumado a ouvir seus versos, e as vezes basta uma onomatopeia para fazer brilhar os olhos de quem está acostumado aos grandes eventos. Não sei exatamente quantos estavam ali, muito menos quantos queriam estar também, mas posso afirmar que em cada um que se aproximava da ideia de lá estar ali abria-se uma caldeira de emoções ao som do primeiro acorde.
Depois veio o cansaço satisfeito de ter se permitido, veio o alívio por ter presenciado, a certeza de que se fez parte da história. E numa caminhada de espíritos molhados pela chuva de um céu entristecido por ver o fim, caminhava ali a certeza de que nos próximos haverão ainda mais motivos para se comemorar. No próximo meus amigos, estaremos juntos.

2 de outubro de 2011

Dimensão do Som

Lá dentro da cidade existe um mundo de histórias não contadas. 
Existe a graça e a desilusão de sentimentos.
Em meio ao barulho existe o silêncio de se estar feliz.







Chamar aquele espaço de cidade de certa maneira é minimizar a dimensão que ocupa dentro de cada um.

29 de setembro de 2011

Rumo ao Rock

Quando a vontade de estar é intensa, é preciso ser ousado. 
Com a cara e a coragem vou me lançar.
Afinal é preciso se lembrar de celebrar muito mais...



Carrego comigo os meus!

22 de setembro de 2011

sEr TERNO

A gosto do vento que me soprou a face o mês se desdobrou em situações intensas. 
Desiludi-me da desilusão e me apeguei a solidão como parceira, fui ao compromisso dos dias de feira e aos fins de semana também, postei meus dias em um calendário corrido que não encontro mais, vi a noite crepuscular em uma lua laranja soberba sobre minha casa, senti o frio sisudo do amanhecer enevoado das ruas que me encaminham, aterrorizei meu lar em comemoração a minha santa ignorância e fui abençoado sinistramente por um azar avassalador. O mês passou e eu sobrevivi, até aqui.
Agora sou outro em outro mês, sem temores, sem assuntos que partilhem o caminhar. Eu sigo minha rota de maneira quieta, sobre a bicicleta mansa do tempo. Meu lamento se suprime na expectativa da alegria vindoura. Virá a hora de ser feliz, virá a todos, o mundo é mais feliz quando é feliz junto. O meu assunto de agora é esse de espectador. Assisto a alegria alheia me completar. Amo os amores que se completam, brindo as ternuras que se espalham, vivo a sabedoria que me permito ao entender que o mundo segue.
As novelas são a representação dos desejos, vou atuar na minha, um novo enredo se escreve a cada segundo. A tela se abre, me espalho no mundo.
TE vejo por aí.

20 de agosto de 2011

in-finitude

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Através da neblina estranha
a lua me debocha em seu sorriso
Fico em sobre aviso para o tempo
e a tormenta me abraça em pleno Agosto
Sei das falhas em meu rosto
e assumo minha culpa intolerante
Sinto antes e depois
a infinitude do durante
como o infeliz amante da solidão
Agora as horas são dos fins
sem encontrar o caminho
Chegaram as partidas
nessa sinuca de vida


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19 de agosto de 2011

...na fila do pão

02 - tudo passa - Marcelo Camelo

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O errar é humano, o julgar talvez mais humano ainda. Seria um fim sem versos nem prosa se na hora do adeus o ponto final não fosse replicado em reticências. Nas madrugadas e tardes desse inverno de garoas, as palavras que voam por ondas invisíveis proferem veneno e sangue numa dor que tenta se acalentar. Tudo simples seria se o vão me consumisse e eu enfim sumisse desse cenário de caos acomodante.
Naquela história onde habita a dúvida eu mesmo me confundo com as variações da certeza. Numa ficção a graça da trama está nas possibilidades variantes de verdades que se escrevem, na vida real ou se é isso ou aquilo, tudo o mais é condenável. Cansei de tentar me explicar e até de tentar me entender. O mundo me abusa em suas insinuações.
...até quem me vê na fila do pão sabe mais de mim do que eu mesmo.
Durante meus digitares abri um sorriso, não pela lembrança amarga do que o imaginar alheio possa se inventar, mas pela certeza de que mesmo que indiferente o outro ainda perde tempo só para pensar em mim. Mas tudo bem, tudo passa....