Me jogo de braços abertos no mar que me devora. A euforia de agora me leva ao seu azul, eu busco com as braçadas desajustadas o controle da situação. Me falta fôlego, me foge o chão. Apavorado uma onde me restitui o continente.
Levanto meu olhar na rua, encaminho-me ao carro que alucinadamente acelera em sua subida. A ladeira é conquistada, e pessoas e postes são deixados para trás. A fuga ébria de uma noite estranha se faz sem maiores arranhões.
O disparo de um projétil sem direção é feito na surdina dessa história. Sua trajetória desconhecida nos deixa apreensivos a respeito do que possa ter acontecido. Saímos vivos daquela loucura sem o mar, sem a noite, sem o tiro de misericórdia que nos tiraria o ar.
Estamos prontos para novas aventuras.
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A vida às vezes parece um seriado de tv.
Mas nem sempre somos nós os protagonistas.
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