O errar é humano, o julgar talvez mais humano ainda. Seria um fim sem versos nem prosa se na hora do adeus o ponto final não fosse replicado em reticências. Nas madrugadas e tardes desse inverno de garoas, as palavras que voam por ondas invisíveis proferem veneno e sangue numa dor que tenta se acalentar. Tudo simples seria se o vão me consumisse e eu enfim sumisse desse cenário de caos acomodante.
Naquela história onde habita a dúvida eu mesmo me confundo com as variações da certeza. Numa ficção a graça da trama está nas possibilidades variantes de verdades que se escrevem, na vida real ou se é isso ou aquilo, tudo o mais é condenável. Cansei de tentar me explicar e até de tentar me entender. O mundo me abusa em suas insinuações.
...até quem me vê na fila do pão sabe mais de mim do que eu mesmo.
Durante meus digitares abri um sorriso, não pela lembrança amarga do que o imaginar alheio possa se inventar, mas pela certeza de que mesmo que indiferente o outro ainda perde tempo só para pensar em mim. Mas tudo bem, tudo passa....
Um comentário:
lembrei-me de uma frase que sempre ouvia em certa época: Ficar refém do pensamento alheio. Tá aí algo que não devemos permitir, nos fazer reféns...
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