26 de abril de 2010

Rebolation - uma evolução


O Reboletion é bom! Bom....!?

Não, você não está enganado! Eu sei que pode parecer estranho a minha figura vir a público defender esta criação impensada do axé baiano, contudo espere ver minha tese evolutiva antes de criticá-la antecipadamente. Quero antes afirmar que não sou um inimigo do axé, até me divirto, limitadamente no carnaval.

Para analisarmos é preciso ter por base dados fidedignos sobre a história deste estilo musical tão peculiar do Brasil. O Axé surge com os curiosos novos baianos, em especial na guitarrinha de Moraes (pelo que vi em documentários da TV) e popularizada na molequeira da galera dos anos 80, em especial com Luiz Caldas . Mas quero ressaltar a evolução das músicas deste estilo, que com o passar do tempo tem incrementado positivamente adereços importantes para a classificação de qualidade.

Se pararmos para analisar, na música Reboletion, ainda que sua letra seja composta por quase uma centena de repetições da mesma palavra, o fato de ser UMA PALAVRA já demonstra um avanço gigantesco na história. Não se esqueçam que até pouco tempo atrás o sucesso era uma junção de letras que por si só não tinham significado – ou alguém sabe o que é o bendito TCHAN? -, e um pouco antes um dos maiores sucessos do axé foi composto apenas com vogais, e permanece viva até hoje no inconsciente popular – AÊAÊAÊAÊ EIEIEIEI ÔÔÔÔÔÔÔÔÔÔ.

Para reforçar a criatividade e originalidade o individuo responsável pelo reboletion ainda criou uma modalidade musical bilíngüe simultâneo, através do uso do Portunhês.

Então meus amigos e leitores, é bom saber que já foi pior. E o mais importante- acreditem! -, um dia ainda iremos ouvir um grande sucesso desses que colam no crânio com uma frase completa. Pode demorar, mas temos sinais de avanço.

11 de abril de 2010

sorriso no céu




O sorriso da lua crescente numa noite de frio 
é como um convite as minúciosas delícias 
que a vida nos reserva secretamente.









- registro de uma noite passada, quando a vontade de correr sem destino me esvaia pelos olhos -

Meu problema com o tempo

O homem é um ser completo e imperfeito pela sua própria natureza. Não sou Darwin para explicá-los, meus caros leitores. Também não sou o Duque Osório para transformar esta singela oração em hino. Quero por meio desta afirmativa vaga, confirmar minha visão um tanto quanto ineficaz de que já basta de tantas teorias para nos reafirmarmos quanto às certezas de até aqui, sendo que o mais interessante é a certeza da dúvida constante daqui pra frente.
Ontem eu era um demente pela minha incompreensão de que o agora é uma variável inconstante daquelas ações anteriores, hoje já não tenho tanta convicção de que o futuro é resultado e não parte do produto desta operação insensata que é a vida. A linha do tempo é uma questão quântica ilógica e impensável para meu pobre raciocínio baiano.
Sobre essa corda bamba de duas vertentes, - de um lado o passado que cresce vertiginosamente a cada novo momento vivido, e do outro o futuro que se desgasta na mesma proporção que o seu antagônico antônimo - vive a plenitude da percepção de que o presente é algo abstrato e irreal, termo criado apenas para produzir a sensação de que podemos fazer alguma coisa para alterar o destino.
O destino continua sendo responsabilidade individual de cada um, o que muda pra meu conviver com a vida é a certeza de que toda ação tomada é algo no tempo anterior ao que há de vir, portanto não posso me culpar tanto se alguma decisão não for devida para o devido momento. A vida não deve ser recheada de lamentos quanto à inapropriação indevida do tempo, ou da perda inexplicada do mesmo por motivos desnecessários.
Vou viver o futuro presente através das lições que meu caderno de viagem registra. Passei algum tempo distante; foi por algum motivo que não sei ou não saberia explicar, o fato é que pouco importa. Tenho ainda alguns segundos de vida há registrá-los aqui, então melhor não perdermos tempo, ou a chance de sermos um pouco mais loucos, como creio que fui nessa soma de palavras acima.



P.S.: Se você não entendeu nada, me desculpe, mas isso não é problema meu.