30 de março de 2008

Selecionar

Na vida temos o direito de selecionar nossos desejos
nossas atitudes e nossas verdades
Cada um faz a escolha a sua maneira
como bem lhe couber
como melhor lhe vier
como quiser que seja
Um dia nossas ações serão avaliadas
e tudo terá um preço
Eu me impeço de não viver
Essa idéia vai ultrapassar o tempo
Serei o que bem entender
e quando eu cansar de tudo e do mundo
me aprofundo nos mistérios da alma
com calma...

28 de março de 2008

Pequenas Filosidéias

Sentado numa praça sem graça numa noite qualquer me encontro com a personagem desta estória, que mais parece ficção, mas é fruto da mais divina realidade. A vida se apresenta incomum a cada ser que busca um sentido pra mesma. De fato a vida é um estranho momento de existência, e a existência não apresenta motivos para ser, nem para existir. (!!!!?!!!!!)
Não me interessa discutir aqui os motivos para a vida, mas sim os motivos para buscar motivos. A necessidade humana da incompreensão. Todo o mundo no mais profundo do seu intimo gera milhões de dúvidas sobre tudo e, apesar de tudo, se sente completo em sua incerteza. Cada ser humano depois de inserido numa cultura precisa se intervir no que lhe foi criado, e criar respostas próprias para suas angústias. Não existe a possibilidade de homens máquinas. Cada homem é um, e cada um é vários dentro de uma só figura.
Voltando para a praça e a para a presença da pequena, vejo que naquele olhar impreciso de quem tem suas convicções criadas e recriando-as, percebo que somos infinitamente cruéis conosco. Como podemos nos cobrar uma compreensão ou uma certeza se ninguém as possui. E pior, como podemos cobrar dos outros?!
O homem é uma incógnita dentro de uma equação desconhecida. De certeza temos apenas a vida.
Será????
...

21 de março de 2008

Estranha Páscoa

Hoje é dia de ovos de chocolate, peixes e procissões. Tudo normal como todo ano, não fosse o meu olhar indiscreto que tenta rever os conceitos romanos inscritos em nossa cultura. Vende-se muito bacalhau nesta data, e é uma pena para os pescadores e para nossa saúde que esse costume não se repita tanto durante o ano. Chocolate (hum!!!), não sei porque motivo inventaram esse hábito. Acho que é só desculpa para comer mais do que deveríamos.
Porém, o que mais me intriga é a bendita procissão. Todo mundo na rua, rumando pra algum lugar pra dizer que estão pagando seus pecados!? Realmente não sei pra que essa caminhada. Ao menos faz bem pro corpo. Agora o melhor é que tem uma encenação do açoitamento de Cristo, e a mulecada briga pra ser é soldado romano. Adimirar sim, sofrer nem tanto.
E porrada em Cristo!

18 de março de 2008

Da Criação

Não falo de Deus, nem de Darwin. Criar é algo possível a todos, seja o que seu pensamento imaginar. Só o ato de imaginar em si já é criar, no mínimo a idéia. Eu quando me posto a frente desta tela me vejo criando um mundo de novas possibilidades. Alternativas infinitamente encontradas nos suspiros pulsantes de meu peito que não descansa até ver o resultado angustiante de minha gênese.
No meu mundo sou Deus de mim. Escrevo meu destino pelo meu caminho de linhas tortas, e quando estou cansado do que fiz, arquivo e volto a recriar. Chegará o fim dos tempos de meu ser, e já não serei eu aqui presente. Serão minhas criações. Me eternizo no que me proponho a fazer. A morte já não me amedronta.
Um dia, quando meu corpo for adubo pra flores, estarei criando. Quando for alimento pra vermes, estarei criando. E nem mesmo meus osso vão ficar pra contar estória, virarei petróleo. Porque sou homem de transformações e revoluções criativas. Ou apenas porque sou homem e, como tal, tenho essa capacidade. Posso perder a vida, mas nunca vou perder a voz.
- Meus versos falam por mim.
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Último Versículo do Gêneses:
E tendo Deus descansado no sétimo dia, os poetas continuaram a obra da criação.
Mario Quintana


16 de março de 2008

Encontro com Incertezas

Na vida nem tudo é tão correto. Muitas vezes o certo é estar errado agora para ser feliz depois. Na maioria das vezes não temos sequer noção do que é certo ou errado. As incertezas povoam nossas cabeças e vão continuar povoando pelo resto de nossas vidas. Imagino eu!? Já que temos que conviver com essas dúvidas, porque não se perguntar se tem sentido isso tudo? Ah, sei lá!
Acho que é melhor não mais pensar................

15 de março de 2008

na Van do Vavá 3 - Revelações e Despedida

Todo dia é isso agora, uma nova borboleta desabrochando no caminho para o conhecimento. (KKKK) Nesta última quarta-feira a nossa novela Estradas da paixão viveu momentos de alta tensão. Depois de muito esconder o jogo, nosso caro colega Saulo, ou Sarlo como é carinhosamente chamado por Abel (Maior Romance), revelou-se, despertou-se da timides que o inibia e mostrou para todos os participantes desta linda história o outro lado do seu eu, o seu lado Danoninho. Ainda bem que na nossa trama o que não falta é aceitação e ironia. (RSRSRS)
Todos os dias contamos os minutos para viver essa maravilhosa terapia que é rir de tudo, dos outros e principalmente de nós mesmo. As viagens noturnas tem se tornado os minutos mais divinos de nossas rotinas. E viva a nossa alegria!
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Mas infelizmente essa quarta também vai ficar marcada pela despedida de Sandrinha (a garota de verde ao centro), a nossa expert para assuntos de sacanagem. Não sabemos ao certo o motivo, talvez tenha sido a decepção com Saulo Danoninho, por quem ela criava grandes expectativas, ou talvez por que ela não resistiria as investidas de Abel ao seu amado (KKKK). Estaremos sempre de portas abertas para você Sandrinha (inclusive quando o carro estiver em movimento), e esparamos participações especiais para os proxímos capítulos. O clã da Van estará sempre unido.
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Existem mais coisas entre o céu e o asfalto do que se imagina dentro da nossa VAN filosófica.

11 de março de 2008

Da Verdade

É melhor nem sempre ser sincero, mas na maioria das vezes é imprecindivel ser. A verdade dói, machuca, maltrata, mas ainda assim, acalenta o peito ferido. Queria eu que o mundo fosse ao menos 50% sincero, tudo seria melhor. Mas a sinceridade só é benigna quando usada por pessoas boas, com bons intuitos, sem maus desejos. Para que o mundo fosse 50% sincero, ele precisaria ser 99,9% bondoso, coletivo e apaixonado.
Sei que esse meu pensamente parece inoscente, e é, eu sei, mas como não ser inoscente se o que mais desejo é uma felicidade comum. Desejo que todos possam rir, sem que ninguém precise chorar. A alegria de estar vivo deveria bastar para sermos pessoas melhores.
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Sorrir é revalar aos céus que a alma está de bem com a casa.

9 de março de 2008

Pulso Aberto

Não se espante com o título, não usei minha gilete.
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Quando de repente a gente sente que não pode suportar, o peito bate acelerado. Pode ser por qualquer coisa, pode ser em qualquer lugar. A emoção quando aflora é contagiante e contaminadora, leva a nossa alma e transforma a nossa casa.
Meus olhos carregam-me para longe, e está tão perto do objeto que quase posso tocá-lo. Sinto que meu nariz absorve e não define. 'Me confunde'. 'Me confundo'. O mundo é repleto de sensações que se apresentam devagar. Cada novo dia, uma alegria, uma tristeza e um novo olhar. Assim aquilo chega ao meu ouvido. Compreender não é só fácil, é necessário, imprecíndivel. Meu paladar rasga-me a boca; a sáliva seca; a garganta aperta; e tudo se comprime em meu estômago.
Na poltrona vazia que me conforta eu vejo a porta se abrir pr'um sonho belo. Já sei que isso é meio velho, mas renasce em cada incenação. Ali, completo, eu tinha o pulso aberto.
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Se não fica fácil me entender é porque você não viu o show acontecer. Hoje por acaso eu tive um belo momento de prazer. Fui a uma conferência, a qual ainda devo citar, e vi o espetáculo que o teatro pode criar. Cada particula do corpo se sentiu presente. A emoção foi conflitante, ao mesmo tempo belo e terrível. Foi saboroso experimentar do novo velho riso que a interpretação vem nos permitir.
Todos os louvores ao Grupo de Teatro MISTUREBA.

8 de março de 2008

Prosa Poética Vaga

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Encalhado está meu sono numa praia distante de onde os meus olhos podem enxergar. A tarde cai nebulosa como numa prosa, longe da poesia. As gaivotas não soam no céu onde a brisa se torna violenta. Um belo dia pra se pôr a contar vidas que se arriscam a enfrentar.
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Quando eu crescer quero ser metade daquilo que sonhei, ter nas mãos uma força que não sei e nos pés um novo mundo para andar.
Quando eu morrer quero ter uma lápide de mármore, onde esteja escrito a lápis que o tempo não passou.
Quando eu voltar quero ser assim como estou, ter no peito o meu amor, ter nos olhos minha estrada, ter na pele essa dor, ter a vida renovada pela imensidão do mar.
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"Mudam-se os ângulos da alma e a calma volta a me reinar."

6 de março de 2008

Julgamentos

É comum julgar outras atitudes que não condizem com nossos princípios, assim como também é comum condenar aquele que julga. De fato nada parece tão importante quando se fala em julgamento, porém existe uma necessidade em se observar as ações para tomá-las como exemplos.
Porque estaria eu, esse pobre e simples mortal, discutindo sobre o ato de julgar!? Algumas pessoas nos permitem tê-las como exemplos a serem seguidos, não por serem melhores, ou por já alcançarem conquistas que encham os olhos, mas por simplesmente viverem momentos que nos criam uma saborosa inveja. Ao mesmo tempo outras tantas confirmam com atitudes rídiculas os rótulos que a sociedade hipócrita, a qual fazemos parte, lhes doa.
Eu poderia falar de algo menos desagradável, mas como não citar uma circunstancia tão comum a todos quanto essa. Todos estamos em ambos os papeis, tanto como acusador, quanto como vítima. todos os dias dirigimos nossos olhares e percepções aos outros, e recebemos o mesmo em retribuição.
A atitude de julgar vem do berço humano. Os primitivos reuniam seus guerreiros para formar um grupo selecionando os mais fortes; Caim matou Abel acreditando que era menos querido; Cronos engolia seus filhos crendo que seria derrotado (e foi). Inclusive Deus, o próprio, pop e sarcástico, criou o Juízo Final, para se deliciar com a possibilidade de condenar ou absorver a sua devida vontade. Portanto, dentre todas as estórias da formação humana sempre saltarão exemplos de julgamentos, errados ou corretos. De fato, julgar é algo normal.
Bem, depois de toda essa balela, o que mais me espanta é que vivemos o sonho de não ter a necessidade de dar satisfações, o sonho de liberdade. Mas mesmo quando estamos sozinhos, isolados do mundo, e escondidos dos olhos alheios, temos que julgarmos-nos, temos que interpretar nossas escolhas, e temos que nos dar uma sentença que nos permita ser melhor.
Julgar é uma atitude vital.

4 de março de 2008

na Van do Vavá 2 - o Retorno

Meus caros leitores, é com muita tristeza que vos digo: - Em nossa van só cabem 17 (mas se apertar vai vinte e uns). Então diante desta indisponibilidade de lugar, mais ou menos, 6.816.982.794 pessoas não terão o privilégio de compartilhar conosco as viagens noturnas semanais. Assim, então , além das já habituais e criativas (oh!) piadas e as tão agradavéis chacotas, perderão também os melhores momentos da novela Estradas da Paixão (Poxa! Título de novela mexicana).
Todas as noites declarações de amor vem tomando conta do ambiente. É um negócio de 'meu bem pra cá', 'meu bem pra lá', 'não aperta tanto' e 'aí que tá gostoso', que só vendo! (RSRSRS). Brincadeira!!!
O certo é que a galera está ficando especialista na arte de tornar ambigua qualquer situação ou frase solta. Ontem o clima esquentou. Eu nunca vi tanta vergonha junta em gente tão sem vergonha. A pequena Iana parecia um tomate. E olha que eu nem falei nada de mais!...
Bem, sendo assim, tentarei saciar vossas curiosidades postando noticias desta trama apaixonante.
Ah, e pra você minha pequena, como diriam os mais românticos e objetivos:
- Em você.....EU VOU!!!
(RS)
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Sobre o post anterior:
Nada melhor do que um dia após o outro.

2 de março de 2008

Frio na Garganta

Você não tem nada a ver com a estória que vou contar. Mas talvez seja de você que eu esteja falando. desculpa se estou sendo invasivo, mas é que não posso deixar esse momento escapar.
Sabe quando uma sensação desagradavel toma conta do seu corpo, fazendo suas mãos tremerem, seus joelhos dobrarem e sua garganta gelar como se um iceberg estivesse atravessando seu esôfago. Pois bem, é assim que me sinto agora. Nada nesse mundo me surpreende mais. Perdi a fé em Deus a alguns anos-luz daqui, perdi a fé nos homens um pouco antes, e aos poucos vou perdendo a fé em mim. Não que eu esteja virando um ateu com relação a minha própria pessoa, sei que sou minha única salvação (RSRSRS), mas a minha busca por felicidade se encerra aqui. Quero apenas uma vida agradavel e nada mais do que isso.
Estou cansado de tombos e quedas, prefiro não me arriscar. E antes que você post algo que me condene, olhe pro seu teto de vidro. Cada um toma o rumo que quer na vida, problemas sempre existirão. O certo é que entalei com esse cubo de gelo, e quando eu pôr pra fora aquilo que me apodrece, talvez eu morra por falta de nutrientes.
Vou-me sozinho para meu mundo de desencantos. Levo maus prantos, as palavras-cruzadas e um pedaço de bolo para viagem. Se alguém encontrar-me com alguma condição de uso, relaxe e me deixe seguir meu destino. Mas se alguém se perder nessa bosta de mundo e não conseguir retornar, me ache, e vamos viver nossas vidas de gauches meninos, sozinhos.
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Estou fechado pra balanço
Não me lanço em aventura
...
POR TEMPO INDETERMINADO