29 de julho de 2010

verdade contraditória



...os homens que andam sem rumo tem como limite os limites do mundo...






*muitas vezes a busca nos tira do caminho certo. outras vezes tão perto nos parece tão longe. devemos prezar pela sabedoria que demonstra o ignorante que se permitir aprender e aprender e sempre...

27 de julho de 2010

A Saudade da Aula

Depois de algumas semanas em casa é possível perceber o quanto o costume de determinada rotina, por mais cansativa que esta pareça, é tão avassaladora a ponto de nos tornar dependentes. Tudo bem que não sinto a falta da obrigatoriedade de estar presente em sala de aula, contudo a ociosidade e os compromissos avessos ao comum ato de comunicação e cultura do discurso me deixam em estado de orfandade noturna.
Neste sábado vivemos um dos nossos últimos encontros em turma. A aula da saudade fez o papel que lhe cabia, iniciou uma sensação que deve se perpetuar sempre que for lembrada, o saudosismo daquilo que até ontem era um martírio. Porém, a mim, nunca foi difícil conviver com a difaculdade. na verdade aqueles sempre me foram momentos de escape do cotidiano as vezes tão sem graça. Uma amiga diz que isso ocorre pelo fato de talvez eu nunca ter levado o curso tão a sério, e tenho a ligeira impressão de que ela tenha razão.
Mas ainda que minha visão estivesse por momentos distantes da lousa ou do mestre, nunca me furtei do prazer de observar meus amigos de batalha. Tô sentindo falta da razão psicopata de Vandinho, das imitações sarcásticas de Tiago, da pregação carinhosa e tinhosa de Rol, do olhar menina de Tila, do sorriso fashion de Lan, da gargalhada sem noção de Mil, das armações de Bocoió, das putarias de Neto, do sono compulsivo de Teteu, das sugestões interessantes de Jana, dos discursos  de Enéas, das participações de Tina e Camila, dos questionamentos de SSan, das loucuras de JP e Nailú, das loucuras ainda maiores de Ana e até do silêncio de Carlinha.
Sabe, a distância deixa a noite menos bonita sem Paula, Lívia, Vanusa, Zaine, Néia, Carol muleca, Cati, Chelli, Jaque, Cléa, Jés, Nana, Déa e Dái. E menos engraçada sem Agatão e Robertinho, sem Rógerio, Sérgio, Márcio, Frank, Ossimar, menino Édco e o safado do Sertão. A noite perde o romantismo bruto de Jr & Lai. Até a lua perde o charme sem a presença de Andi do meu lado. Eu me sinto meio abandonado aqui.
A tevê ligada narra dramas que não são meus, conflitos do qual não faço parte. Queria enfrentar novamente antigos inimigos como o Mrs. Bean de estatística, o Predador de matemática, Tomme Lee Jones do "perfeito!", e o Mestre dos Magos que dispensa apresentações. Lutar contra o tédio me fez bem por mais de quatro anos. Agora o rémedio é relembrar.
Sinto falta da falta de estar, de conviver, de me calar e de me exaltar, de paquerar mulher casada e rir insosse das piadas censuradas. Aprendi muito mais com os meus parceiros do que poderia imaginar. Meu prato está cheio de pequenas citações de colegas geniais, afinal, curso de férias tem que ser realizado na praia, e Funk do bom é com MC Gregor. Parte do que me lembro deste último sábado esta comprometida pela presença intensa do álcool na minha corrente sanguínea, mas ainda assim eu lembro que na hora do rango as panelinhas foram esquecidas, os pratos se somavam sobre mesas coloridas. Éramos ali uma homogênea turma diversa. Éramos naquele momento o que sempre fomos: uma deliciosa confusão!!!
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10 de julho de 2010

Pontos no Mundo

Mais uma vez você embarca numa jornada comum da rotina, ou quem sabe numa inusitada viagem ao longo do desconhecido. De certo você leva a convicção de que passeia sobre a crosta terrestre, que vislumbrará paisagens belas e estranhas, que observará cenas inéditas na temporalidade da vida e que - sem nenhuma dúvida - passará por alguns pontos. Podem ser diversos pontos: de parada, de interrupção da viagem, e principalmente os de vista.
Sabe quando durante uma viagem noturna um ônibus pára envolto em um breu total e descem alguns passageiros desconhecidos, e você inconscientemente deixa escapar: - Que p#$%* de lugar é esse!?
É sobre esse momento discreto de nossas vidas que tais palavras querem tratar. O mundo não é o percurso decorado que você percorre cotidianamente da sua casa para o trabalho ou para a escola. O mundo não é a praça no centro da cidade, não é o bairro que mais lhe parece um parque de diversão, não é o entorno do seu belo e sensual (talvez) umbigo. A nossa vida não se resume aos habitantes desse lugares já dominados pelo reconhecimento espacial. Nós vivemos no Planeta Terra, e nada (a não ser a nossa própria vontade) nos impede de criar conexões com esses mundos distintos e até então desconhecidos.
Imagine a viagem mais longa que você já fez na vida, e imagine a grandiosidade de detalhes que estão inseridos em cada centímetro percorrido por seus olhos através dos vidros. Sinta cada vida que lhe passou despercebidamente, como se fossem meros figurantes de nosso espetáculo particular. Naturalmente cada um é sim protagonista de sua estória, e é inevitável esse comportamento egóista de supervalorização, contudo é sempre bom relembrar que cada um faz sua atuação neste filme sem roteiro e que em momento algum será possível julgar imparcialmente a qualidade do seu ponto e da sua atuação.
Aproveitemos a liberdade de locomoção que seja possível e não nos privemos de desbravar o novo, afinal lá tudo será possível até que se prove o contrário. Utilizemos as habilidades dos membros inferiores e das mais variadas invenções humanas. Quem cria raíz é planta, então espanta esse comodismo que já lhe habitua e pense diferente. Aquele ponto no breu pode ser uma bela paisagem de Rembrandt, depende da luz, dos olhos e principalmente dos desejos dos que figuram por lá. Quem viaja tem sempre consigo uma boa estória pra contar. Compartilhe sua vida com o mundo.
O meu paraíso encantado cravado na esquina do fim do mundo pode lhe parecer apenas mais uma p#$%* de lugar, e vice-versa. De certo é que na imensidão desse vasto e desconhecido mundo o ponto somos nós e os nós atam a possibilidade de felicidade.

"A Felicidade só é real quando é compartilhada."
Christopher Johnson McCandless

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Texto resultado de uma rotina em trânsito e de uma película : Na Natureza Selvagem.

8 de julho de 2010

Perde-se o amigo, mas...

Observem as Noticias:

1- HOLANDA na Final
O Uruguai foi mais uma vez valoroso diante da Holanda, mas não deu. A marcação avançada funcionou e em alguns momentos o jogo pendia mais para o lado uruguaio, mas a técnica superior dos meias holandeses – Sneijder mais uma vez como destaque – terminou se impondo. A Holanda pode não ser um grande time, mas é bem mais que mediano.

2- Candidatos ao governo da Bahia declaram bens ao TRE
O governador Jaques Wagner, candidato do PT à reeleição, registrou no Tribunal Regional Eleitoral uma declaração de bens no total de R$ 1,04 milhão e pretende gastar na campanha ao Governo do Estado cerca de R$ 26 milhões.
Já o ex-governador Paulo Souto, do Democratas, declarou bens no valor de um R$ 1,17 milhão e registrou uma estimativa de gastos de R$ 20 milhões.
O ex-ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, do PMDB, declarou patrimônio no total de R$ 3,8 milhões e prevê gastar R$ 30 milhões durante a campanha.
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Constatação inusitada:

Os LARANJAS realmente estão com tudo!!!

6 de julho de 2010

Entre as palavras de Quintana

Meu bonde passa pelo mercado
MarioQuintana

O que há de bom não está à venda,
o que há de bom não custa nada.
Este momento é a flor da eternidade!
Minha alegria aguda até o grito...
Não essa alegria alvar das novelas baratas,
pois minha alegria inclui também minha tristeza
                                                              [- a nossa
Tristeza...
Meu companheiro de viagem, sabes?
Todos os bondes vão para o infinito!

...

Hoje eu lembrei de você que faz falta só em imaginar distante.
Eu sei que deveria ligar,
mas pra que?!
E passa o bonde...                                       
Você me habita assim como antes,
mesmo quando todos os oceanos insistem em nos separar.
Sinto seu sorriso
e meus olhos brilham ainda mais.
O nosso amor é uma cena que o tempo não apaga.
A minha mágoa é não poder viver no sonho.
                                      ...que nos arrasta ao infinito.

Fr. Dhael
Pangea de nós dois

3 de julho de 2010

o Futebol & as Culturas

Faltam apenas alguns jogos para o fim da Copa do Mundo de Futebol Da FIFA que ocorre na África do Sul, 32 seleções competindo entre si para saber quem é a melhor no Futebol do planeta - Isso parece não ter relevância nenhuma para a humanidade, mas tem.
Primeiro: Não são 32 times de futebol, são 32 paises. São idiomas diferentes, culturas diferentes, diversas visões e modos de enfrentar o mundo. As realidades mais distintas possíveis se enfrentando em condições iguais de chance. No campo são 11 para cada lado e não importa o modelo político, a condição econômica. O que importa é a habilidade e a competência de dominar a jabulani e marcar os gols.
Segundo: O mundo inteiro esta ligado ao que acontece no gramado durante este período, estando ou não a sua seleção no torneio. Isso ocorre porque o evento tem também como caracteristica a pretensão de movimentar as populações, promovendo esperança e alegria, ou inverso. Em 38, Mussolini usou a Copa para ganhar aceitação do seu governo fascista na Itália. Em 78 a argentina passou pelo mesmo no seu regime de Ditadura. Em 90 os alemães utilizaram a Copa para promover definitivamente o reenlace da nação. Em 94, quando vivíamos um momento critico na vida política e econômica, nós utilizamos a Copa como um momento de reavivamento do país.
Outro ponto importante sobre a Copa do Mundo, são as situações geradas à partir de lances que promovem mudanças definitivas na vida das pessoas envolvidas. Em 94 o zagueiro Escobar fez um gol-contra e ao voltar para o seu país, a Colômbia, foi assassinado. Esse ano o também zagueiro Komano da seleção do Japão perdeu um penalti que desclassificou o país da competição, contudo ao voltar pra casa, foi recebido com um prêmio em consideração ao seu esforço. Culturas bem diferentes, resultados idem.
A graça de uma competição como a Copa do Mundo está justamente em colocar frente a frente paises diferentes com a mesma missão e as mesmas possibilidades. Porque por mais que alguma seleção possa parecer melhor do que outra ela tem que provar isto em campo, jogando. A soberba é o cartão de embarque pra voltar mais cedo pra casa. E quem voltar mais cedo vai perder a chance de conhecer melhor o país anfitrião, que além da vida Selvagem e das belezas naturais tem muita coisa legal pra oferecer.
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O filme Distrito 9 é uma boa sugestão para que possamos entender que por mais dificuldades que o país possa passar, a criatividade encontra meios de se expressar e informar. Uma boa ficção cientifica sul-africana - efeitos visuais convincentes.
Na música vale a pena conferir o som do Vusi Mahlasela, da Lira, dos The Parlatones e a turma do BLK JKS.



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A Copa, mais do que futebol, é uma oportunidade de conhecer melhor as culturas, os países, as pessoas, o mundo.