21 de dezembro de 2011

Duas Meninas

Foi numa tarde de terça que o destino se mostrou indecifrável. Foi numa história de duas pessoas queridas que ele revelou as minúcias de suas travessuras. Quando menos esperávamos aconteceu o que já era previsto, e aquele misto de sensações no arrebatou a todos.
Eram unha e carne, quase um mesmo sangue. Mas foi num tempo distante de agora que essas almas se encontraram e se uniram numa relação de várias idas e vindas, de variáveis trajetórias. Ainda inocente era a crescente afeição de duas meninas que perambulavam pela cidade, e ao tempo em que tudo permanecia no seu devido lugar interiorano, seus valores e suas ideias iam mudando conforme a sua formação de mulher. Eram garotas belas, de sorrisos fáceis, de alegrias intensas e encantadoras. Eram simplesmente elas, duas meninas na vida. Mas o tempo passou e os caminhos se deturparam e as histórias tomaram rumos próprios e singulares.
Nesta última terça, enquanto uma subia ao céu a outra descia ao chão, num desses paradoxos que a vida nos proporciona de maneira imprevista. O corpo que subia iria pousar em um novo destino, rumava ao seu equilíbrio, a sua nova chance de se refazer em busca das prioridades que talvez ainda não tenha definido. O tempo aqui ainda é seu e ela tem pelo que lutar. O outro corpo se acalentava nos braços do desconhecido num sono que não podemos compreender ainda, calado e inerte descansava dos últimos tempos de labor e sofrimento. Foi só um momento, mas crendo na melhor das possibilidades agora sua alma invade os nossos corações como que guardando o melhor em cada lembrança de felicidade que nos foi possível dividir.
Agora resta apenas o registro de que eu vi essa amizade nascer, crescer em suas nuances particulares e se eternizar já que o amor é sim atemporal. 
O caminho é o que nos faz viver. Quando ele se encerra ficam os passos de quem se permitiu trilhar pela vida de maneira intensa. Afinal, já que vai ser breve, que não seja em vão!
Lembranças de dois sorrisos...
...de duas viagens.

Para Dine & Deise


2 comentários:

Augusto Andrade disse...

Triste.

Juli disse...

Ela será eterna na minha lembraça e acredito na de tds que a conheceram,e como diz Quintana: "A AMIZADE É UM A MOR QUE NUNCA MORRE".
Ela com certeza será eterna.