25 de maio de 2018

Do Mundo que Somos


ISIS, ALQAEDA, ETA, IRA.
Envelheço na cidade enquanto o mundo se comprime no meu quarto.
De sobressalto vejo torres caindo, mesquitas explodindo, crianças afogadas no mediterrâneo...

Que mundo é esse de agora?

Hall não enrola, lança uma análise concisa:
“O homem não se paralisa vendo o globo se encontrar.
Ou ele assimila, ou parte ao seu intento.”
Com base em fundamentos de pureza a segregar fazem guerra, fazem horror,
desfazem seus pedaços de mundo.

De cá do Brasil eu ‘assunto’.

Por outro lado a soma das partes cria um novo produto
Híbrido histórico o país é uma confusão.
Dos nativos vindos do norte aos especulados Fenícios,
Certo é que os patrícios alimentaram a equação trazendo do outro lado do Atlântico uma força negra em profusão.

E hoje o que somos?

Somos tudo e pouco Brasil.
Sulistas, Nordestinos, Amazônicos;
Sertanejos sem sertão;
Paulistas, Cariocas e Mineiros...
Um espirito santo que não prega a salvação.
E dentro desses grupos outros tantos também somos.
Quanto menos distâncias, mais dispersos...
Queremos ser um, sendo diversos.



Texto inspirado na obra de Stuart Hall, Identidade Cultural na Pós-modernidade, e construído em apresentação para disciplina Mercado e Produto Cultural Brasileiro. 

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