22 de junho de 2011

minhas distâncias

Aqui desse canto morto de meu peito, um inquilino quieto me mantém esperto para as possibilidades esquecidas de novas intenções. São os sentimentos adormecidos, as lembranças bem guardadas, que se mantém na gaveta de poeiras e bugigangas importantes e indispensáveis. Ali onde ainda estão as figuras daquele album do passado, os restos de borrachas mal mordidas, os clips e grampos enferrujados e a fotografia embassada de nossas aventuras juvenis.
Hoje sem tempo pra lamentar, recordo com saudades dos sorrisos e alegrias que dividimos juntos. De cada momento estranhamente eterno que se estendem pelo estrelar céu noturno de inverno, como se fosse a lua um projetor de histórias fantásticas de um tempo que certamente não retornará. Sob a incerteza dessa madrugada fica na minha face enrugada a lembrança desse amigo que sempre me será fiel.
Um eu tão jovem e corajoso que me faz querer voltar nas eras e ser de novo tudo que me fui. Nessa figura que me guardo reside um pouco de cada amigo que me fez crescer. Ali eu resido na mais intensa veracidade. 
Saudades de minha memória inocente.

2 comentários:

frança disse...

Como eu, também gostaria de voltar no tempo para rever as boas lembranças. E concordo, cada amigo que cruza o nosso caminho nos enriqueçe muito ,seja atavés do exemplo ou a palavra, e como é fascinante a Palavra pois a palavra nos engrandeçe ou empobreçe.(França)

Terceiro Olho disse...

Nostalgia... belo sentimento...
realmente as boas amizades que passaram tb ajudam nesse sentimento nobre, mas muitas ainda virão para completar esse álbum...