2 de agosto de 2011

lágrima distante

Cai à lágrima do teu rosto santo, e meu espanto é pela minha ignorância e insensatez que me mata a cada novo segundo em que não me apresento pra vida. De repente em um singelo sorriso, o tato em um abraço que se faz em beijo, depois entrega e desejo, depois é medo. Sem saber explicar e tentando entender eu me deito e a cama não dorme insegura de quem a possui. Quem é esse homem que enrolado no cobertor treme vacilante, vendo o mundo passar em brancas nuvens com medo de descobrir ilhas desconhecidas, com vergonha de ser um pouco mais do que se mostra. Homem sem chegada, apenas de partidas, de feridas não curadas, de silenciosos gritos. Dono das lamúrias profanadas na neblina que precede o amanhecer.
 Vi o fim do arco-íris e perdi o pote de ouro. Agora eu sinto que me falta ambição pela felicidade.



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