Sábado, ele acorda no meio da tarde numa maresia intensa sem vontade de levantar. Deitado, do sofá observa atordoado a cena que se espalha pelo apartamento apertado, superlotado de amizades. Espalhado pelo chão, sobre tapetes, colchões e toalhas os corpos de pessoas amantes pelo prazer do sabor. No teto o ventilador barulhento espalha o vento das respirações ofegantes pelo ambiente inebriante de ressaca contente. Dormindo uma querida indigente expressa um sorriso safado ao seu lado, despida de pudores, revive-se os amores de uma manhã embriagada. Do nada um maluco 'boa gente' surge da cozinha com uma panela na mão tamboreando uma marchinha, despertando os irreverentes cidadãos do carnaval. É sábado e a noite promete.
...pecar é do espírito...
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