3 de julho de 2010

o Futebol & as Culturas

Faltam apenas alguns jogos para o fim da Copa do Mundo de Futebol Da FIFA que ocorre na África do Sul, 32 seleções competindo entre si para saber quem é a melhor no Futebol do planeta - Isso parece não ter relevância nenhuma para a humanidade, mas tem.
Primeiro: Não são 32 times de futebol, são 32 paises. São idiomas diferentes, culturas diferentes, diversas visões e modos de enfrentar o mundo. As realidades mais distintas possíveis se enfrentando em condições iguais de chance. No campo são 11 para cada lado e não importa o modelo político, a condição econômica. O que importa é a habilidade e a competência de dominar a jabulani e marcar os gols.
Segundo: O mundo inteiro esta ligado ao que acontece no gramado durante este período, estando ou não a sua seleção no torneio. Isso ocorre porque o evento tem também como caracteristica a pretensão de movimentar as populações, promovendo esperança e alegria, ou inverso. Em 38, Mussolini usou a Copa para ganhar aceitação do seu governo fascista na Itália. Em 78 a argentina passou pelo mesmo no seu regime de Ditadura. Em 90 os alemães utilizaram a Copa para promover definitivamente o reenlace da nação. Em 94, quando vivíamos um momento critico na vida política e econômica, nós utilizamos a Copa como um momento de reavivamento do país.
Outro ponto importante sobre a Copa do Mundo, são as situações geradas à partir de lances que promovem mudanças definitivas na vida das pessoas envolvidas. Em 94 o zagueiro Escobar fez um gol-contra e ao voltar para o seu país, a Colômbia, foi assassinado. Esse ano o também zagueiro Komano da seleção do Japão perdeu um penalti que desclassificou o país da competição, contudo ao voltar pra casa, foi recebido com um prêmio em consideração ao seu esforço. Culturas bem diferentes, resultados idem.
A graça de uma competição como a Copa do Mundo está justamente em colocar frente a frente paises diferentes com a mesma missão e as mesmas possibilidades. Porque por mais que alguma seleção possa parecer melhor do que outra ela tem que provar isto em campo, jogando. A soberba é o cartão de embarque pra voltar mais cedo pra casa. E quem voltar mais cedo vai perder a chance de conhecer melhor o país anfitrião, que além da vida Selvagem e das belezas naturais tem muita coisa legal pra oferecer.
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O filme Distrito 9 é uma boa sugestão para que possamos entender que por mais dificuldades que o país possa passar, a criatividade encontra meios de se expressar e informar. Uma boa ficção cientifica sul-africana - efeitos visuais convincentes.
Na música vale a pena conferir o som do Vusi Mahlasela, da Lira, dos The Parlatones e a turma do BLK JKS.



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A Copa, mais do que futebol, é uma oportunidade de conhecer melhor as culturas, os países, as pessoas, o mundo.

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