Na VAN do Vavá

Que coisa boa é mandar o cansaço, o stress e tudo de negativo pela janela dessa van todas as noites (duas vezes por noite), quando fazemos o desgastante percurso até a faculdade. Ali, nas poltronas da frente, toda alegria, sacanagem e derivados ilustrativos de satisfação se apresentam para fazer sorrir, encabular e liberar os personagens ilariantes de nossas vidas. A irreverência de Neto, somada com a sonsidão de Juci, a molequeira da Iana, a meninice de Markinho, a sutil participação do Dr. Dilsinho, e a Expert em assuntos de carater sacana, Sandrinha, além de minha discreta participação, fazem daquela parte da van uma verdadeira terra de loucos, ou melhor dizendo, de Gênios em experimentação.

De vez em quando o barulho excede os limites sociais, mas se não tem pacientes terminais, nem beatas envelhecidas, nem outros tipos de contratempos festivos, não há motivos para uma regulamentação quanto aos decibeis. Então, por mais que roucos, surdos e quaisquer outros danos causados pela zuação, não há nas noites semanais nada mais agradavel do que sociabilizar asneiras. Afinal, o ensino superior é realizado para podermos falar merda com propriedade.