30 de junho de 2010

um Junho diferente

Vai chegando o fim do mês como acontece sempre, contudo esse final traz consigo diversos significados importantes a este singelo personagem que vos digita tais palavras. É um Junho diferente dos demais. Isso ficou claro nos ritos de passagem aos quais ainda estou me adaptando.
No inicio do mês eu completava mais um ano de vida, ou menos um como ressaltei anteriormente. Dez dias depois desta data, lá estava eu de novo participando de uma mudança de ciclo. Agora era meu pequeno pedaço de mundo que completava seu primeiro ano de vida (vida esta que em doze meses tem dado mais sentido a minha própria). Mais dez dias e meu velho avô se perdia nas contas e não sabia se completava 78 ou 83 anos, isso porque nascer e ser registrado eram ações muito distintas temporariamente na sua época distante. Meu bebê, meu velho e meu eu, três figuras em seus trajetos, três imagens do objeto vida, três visões de uma linha efêmera.
Hoje, dia 30, já se foram as transições temporárias. A casa está em silêncio. Eu penso agora na alegria infeliz da ausência que uma nova mudança que acaba de me suceder me oferece. Como se meu dúbio ser me dissesse: "- Acabou! Que pena." Participei da minha última aula na diFaculdade, peguei minha última viagem noturna, cansado do dia e alegre com as fantasias insosses e debochadas das amizades juvenis. Vou guarda a lembrança de inúmeros momento mágicos deliciados na loucura deste circo ao lado dos palhaços, das dançarinas, trapezistas e dos domadores de leão (porque matar o leão não é difícil, mantê-los domados juntos é que são elas). Agora terei melhores noites de sono, e mais coisas a sonhar por conta da saudade.
Eu velho; pai; neto de um avô sem idade; formado pra vida na universidade das possíveis realizações (perdido no campo das ideias); Atuo num momento sem a lógica devida.
Que o tempo me dê vida para me compreender.

Um comentário:

Thaisinha... disse...

que a vida te dê tempo pra escrever tudo aquilo que compreenderes.
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