6 de maio de 2009

Magra

Quando anda pela rua faz do calçamento sua passarela particular.
Ela, a magrela que a gravidade se esforça para segurar, é uma boneca frágil que encanta e desbanca qualquer que tenha uma visão presumida de seu jeito. O seu corpo de visível peculiaridade tem as curvas que alimentam os pensamentos juvenis dos homens de qualquer idade.
A amarela de meus olhos vis tem o sabor colorido de uma traquina inocente. O conjunto de partes que compõe seu modo único de se apresentar é um modelo daquilo que faz o sorriso da libido se tornar presente.
***
Lá vem ela pela rua de granito em seu passo de beleza e sedução. Vê os olhos que seguram a paisagem por instantes incontidos. Faz do tempo o registro de seu canto e me encanta sendo outra em meu colchão.
Levemente me permite flutuar.

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