1 de maio de 2009

Corpo & Mente

Diz um velho ditado que uma mente sã é um corpo são. Nada mais real do que essas palavras para reafirmar a constante implosão do comportamento humano como um universo individual de sensações. Aos seres, em geral, é necessário um conjunto de dados biológicos harmonizados para que se mantenha a condição de vida. Quanto ao ser humano, por conhecermos somente o nosso real funcionamento cerebral (sobre os demais animais podemos apenas supor), de nada vale um físico perfeito se a capacidade encefálica não funcionar.
As pessoas necessitam acreditar na valorização da vida para que esta seja preservada, não somente a outra como também a sua. São raros os casos de suícidio na natureza selvagem. O homem por forças desconhecidas do seu inconsciente usa de sua condição auto-destrutiva para realizar esta atividade tão nobre e egoísta, afim de uma afirmação nunca conhecida, já que não temos a possibilidade de avaliar as consequências de nossa morte por motivos óbvios. Assim, após este ato impulsivo, cabe a sociedade criar seus pensamentos a respeito e julgar a atitude.
Nesse contexto surgem as especulações e idealizações que se tornam costumes de um povo. Costumes que se representam em cultos (religiões), estabelecendo a cultura de uma dada civilização. O ser humano não vive em um mundo solitário, frio e desacreditado. É necessário um alimento abstrato que o conduza rumo a uma ilusão viável, estimulando sua sobrevivência e reprodução, afim de perpetuar a espécie.
A busca incessante pela felicidade é uma demonstração clara da fome que nossa massa cinzenta sente, e que se expressa em diversas formas de comportamento. A criação de deuses, de idealismos amorosos e utopias político-sociais, são exemplos clássicos desta necessidade. A alegria se apresenta na realização destes anseios abstratos que tem características pessoais. Cada ser possuí suas próprias ausências e seus alimentos transcendentes. A falta de componentes que provoquem a alegria anulam a liberação de determinadas enzimas provocando um colapso das idéias, gerando outras, tais como as comuns cordas amarradas ao teto, abismos acessíveis ao vôo, lâminas em pulsos, entre outros.
Então como apenas determinada minoria tem consciência de tamanha fraqueza humana, e ainda menor são os que convivem satisfatoriamente bem com isso, é relativamente potencial a capacidade de extermínio de boa parte da população mundial apenas afrontando suas convicções.
Assassinar deuses, destruir sonhos; A arma de destruição em massa mais poderosa que existe no mundo é revelar a verdade.

Um comentário:

Augusto Andrade disse...

Mas quem revelará a verdade.
Eu gostaria que isso acontecesse.
Seria no mínimo glorioso... (Ainda mais para aqueles que acreditam e veem o possivel, ou pelo menos a probabilidade dos dois lados).

Pensamento genocida!

rsrs

Abraços.