12 de outubro de 2010

da Infância

Quando eu menos esperava veio a minha alegria. Em pequenas doses de sentimento vi o momento se transmutar no crescimento daquele corpo, daquele eu mirim, que já não lembra tanto o meu jeito, mas que é perfeito em sua singularidade. Do mais, ele é como qualquer outro: brinca, chora, ri e faz pipi, se contorce em careta e faz cocô, faz birra e sai desembestado do lado de quem quiser sair com ele. Parece um gato, tem apego ao lar. Mas o lar dele é no colo da 'mamam', e na loucura do 'papá', e nos carinhos e vontades dos 'dós'.
O tempo vai seguir e ele vai continuar sua metamorfose natural, vai ganhar mais dentes, mais gordura, mais tamanho, e vai exigir cada vez mais atenção. Isso aconteceu comigo e com vocês. Aconteceu e acontece com todo mundo. A gente cresce, mas não desaparece a criança que nos habita. Por mais sóbrio e sério que possamos parecer basta um colo da mãe, uma bronca do pai, para rememorarmos a nossa condição de bebê eterno aos olhos deles. E não se enganem, vocês agirão da mesma maneira. A gente vai crescendo e torcendo pro tempo ir mais lento, para aproveitar mais o que a vida nos oferece, para saborear as minúcias do cotidiano, para ver cada movimento daquele rostinho sorrindo pra nós.
A infância é um parque de diversões efêmero.

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