8 de agosto de 2010

A Paternidade

Enquanto o mundo ainda dorme o seu sono merecido em mais um domingo de inverno, vejo meu terno pendurado no cabide empoeirado com o tempo e envelhecido com o uso. Meu discurso juvenil deixa de existir para o cumprimento de uma nova missão. Com os olhos na vida e com o coração na mão me lanço nesse novo espaço onde meu laço de amor é incondicional.
Neste segundo domingo de Agosto eu sinto o oposto do que imaginava: ser pai é mais do que as obrigações e responsabilidades, é fazer de um tudo, ainda que irresponsável e inconveniente, mesmo que humilhante e envergonhador, para tirar daquela boca banguela um sorriso sincero. A paternidade é namorar com o  inesperado sabendo que ainda assim será possível presumir o quanto se pode ser feliz depois. Enquanto o filho espera sempre muita coisa do pai, o pai apenas espera do filho que ele se mantenha 'filho'. O meu moleque tem apenas um ano de vida, e quando tiver 90 anos não será diferente. Isso é a eternidade de um amor.
Ao meu Pai deixo um muito obrigado sincero por tudo, pelo amor, pelos ensinamentos e pelos genes. Ao meu filho, dou-lhe o mundo e espero estar com ele sempre que puder.
Feliz dia dos pais a todos!

Um comentário:

la convidada d'honor disse...

que belo texto!!!
nao sabia que ja eras pai...felicidades, o teu filho tem um pai com uma sensibilidade extraordinaria!!!