19 de dezembro de 2010

abelha operária

A personagem a quem escrevo tem no seu enredo uma história bem comum. Ela é uma operária da colmeia onde vive. Busca pólen nos jardins de sua extensa varanda, brinca de ciranda e constrói o seu espaço. É uma menina e uma mulher, e tudo que possa ser no intervalo dessas fases.
A beleza de sua história está nos detalhes de sua sina. Não nasceu rainha por detalhe do destino, mas eu, pobre menino, vim disposto a coroá-la. A realeza de sua imagem adorna o meu encantamento e sobre esse firmamento quero me instalar. Ela me mostrou um mundo onde já não há barreiras para ser o que eu sonho.
Hoje o enfadonho perfeito conto de fadas que esperava acontecer, é apenas uma lembrança inocente do amor. A vida é ficção fantástica que se escreve em cada novo minuto, e hoje um eu adulto está disposto a se arriscar.
Já não quero a Cinderela, quero a magrela que lhe vendeu os sapatos.

3 comentários:

Otília Amaral disse...

Belo Texto!...

...Onde os protagonistas na verdade deveriam ser coadjuvantes... Minha interpretação da história: O bobo da corte que se apaixona pela plebéia e "juntos" escrevem uma história tão bonita e fascinante quanto os contos tradicionais, porém ainda mais interessantes, pois os personagens principais estão mais próximos da realidade...

*Pena que as abelhas não são muito dadas ao amor, porém na ficção tudo pode acontecer.

Claudia disse...

Todos os dias é um bom dia para se arriscar. Seja quem for, onde for ou como for. Seja rainha ou operária.

Unknown disse...

Palavras de um homem apaixonado...É aí que está toda a beleza do texto. E viva o AMOR que inspira o poeta.