6 de março de 2008

Julgamentos

É comum julgar outras atitudes que não condizem com nossos princípios, assim como também é comum condenar aquele que julga. De fato nada parece tão importante quando se fala em julgamento, porém existe uma necessidade em se observar as ações para tomá-las como exemplos.
Porque estaria eu, esse pobre e simples mortal, discutindo sobre o ato de julgar!? Algumas pessoas nos permitem tê-las como exemplos a serem seguidos, não por serem melhores, ou por já alcançarem conquistas que encham os olhos, mas por simplesmente viverem momentos que nos criam uma saborosa inveja. Ao mesmo tempo outras tantas confirmam com atitudes rídiculas os rótulos que a sociedade hipócrita, a qual fazemos parte, lhes doa.
Eu poderia falar de algo menos desagradável, mas como não citar uma circunstancia tão comum a todos quanto essa. Todos estamos em ambos os papeis, tanto como acusador, quanto como vítima. todos os dias dirigimos nossos olhares e percepções aos outros, e recebemos o mesmo em retribuição.
A atitude de julgar vem do berço humano. Os primitivos reuniam seus guerreiros para formar um grupo selecionando os mais fortes; Caim matou Abel acreditando que era menos querido; Cronos engolia seus filhos crendo que seria derrotado (e foi). Inclusive Deus, o próprio, pop e sarcástico, criou o Juízo Final, para se deliciar com a possibilidade de condenar ou absorver a sua devida vontade. Portanto, dentre todas as estórias da formação humana sempre saltarão exemplos de julgamentos, errados ou corretos. De fato, julgar é algo normal.
Bem, depois de toda essa balela, o que mais me espanta é que vivemos o sonho de não ter a necessidade de dar satisfações, o sonho de liberdade. Mas mesmo quando estamos sozinhos, isolados do mundo, e escondidos dos olhos alheios, temos que julgarmos-nos, temos que interpretar nossas escolhas, e temos que nos dar uma sentença que nos permita ser melhor.
Julgar é uma atitude vital.

4 comentários:

Claudia disse...

Julgamentos.
Sim, são essenciais, para o crescimento. Mas é preciso ter uma dose de controle em tudo, não é mesmo?
Muitos julgam pela necessidade de sentir-se superior, e não admite julgamentos.
Julgo-me sempre, todos os dias, para que eu melhore e pare de encher o meu próprio saco.
=)

Janna Peixoto disse...

Concordo com Claúdia.
Precisamos ser julgados e nos auto - julgar.
Este último ato é produtivo quando mantemos diante dos olhos, dentro da cabeça e no fundo do coração um plano de construção existencial e artístico, nos dá impulso para jogar fora o que não condiz com o que queremos ser.
E como diz Coaching:
''O homem que permite que se expresse nele de maneira espontânea isso que se chama autojulgamento ou juízo interior, será guiado pela voz da consciência e seguirá pelo caminho reto. ''

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Ah! Muito obrigada..
Fãs recíprocos!

Bjos

la convidada d'honor disse...

nao e preciso se julgar cada dia...mas sim fazer uma revisao semanal. se nao corremos o risco de voltar-nos malucos!

Unknown disse...

"Porque, se nós nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados."
1 Coríntios 11:31
Novo velho amigo (mano velho)...Permita-me julgar essa msg: à princípio um pouco forte dizer que Deus irá "julgar a sua própria vontade", mas analisando bem percebo que é irrefultável o tanto de pessoas querendo julgar outrem. Nessa confusão, você há de convir que Alguém deveria dar a Palavra final. Ainda bem por isso, pq senão teriamos um colápso por passar ora no céu, ora no hades. No mínimo um choque térmico. Prefiro uma emperatura menos elevada!rsssss

obs: verade em fala de menino, me entenda!