23 de janeiro de 2009

Crônicas de eLe - IV

CHEGADA
Aos poucos, no horizonte, vão surgindo imagens até então novas para aquele garoto. eLe perde o seu olhar em cada arranha-céu que avista da janela, e parece admirado com o colorido opaco deste mundo novo. O ônibus entra na rodoviária, ele respira fundo, levanta e no corredor pensa em todo o seu passado e todo o futuro que ele espera construir, desce cada degrau devagar e enfim toca o chão do seu “paraíso”.
eLe vai andando em meio a loucura da vida agitada daqueles que ali dividem com ele as mesmas expectativas. Busca um meio de chegar ao endereço escrito em um pedaço de papel mal cortado, avista um coletivo, vai até o cobrador e pergunta como chegar lá, o cobrador o informa que aquele coletivo passa naquele bairro e dá dicas de como encontrar a rua. Entrando nas entranhas da cidade ele cada vez mais vai se admirando, até que chega ao seu ponto. Desce e vai à procura do endereço, encontra uma senhora que varria a porta de casa, pergunta pela rua e ela o direciona. eLe vai olhando casa por casa, número por número até que encontra o seu ‘cantinho’ naquele mundo.

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