17 de janeiro de 2009

Madrugada veraneio

Era tarde e eu não conseguia um bom motivo para permanecer acordado. Meus olhos se apertavam displicentes, meu corpo cansado se esparramava no tapete da sala, nada me empolgava. Era madrugada de sábado, estava só e nada na TV me interessava, nem mesmo o filme pôrno dos anos 80 que determinado canal insistia em reprisar me prendia a atenção. Mas não queria dormir.
Quando parecia desistir da batalha escuto passos lá fora. Minha curiosidade se aguça e não resisto. Com as luzes apagadas vou até a porta observar a aréa externa pelo vidro. Uma mulher está sentada na calçada. Seus cabelos despejados levemente sobre os ombros, sua altura e sua magreza denunciam a sua identidade. A quanto tempo que não via aquele corpo tão perto?
Abro a porta, ela se assusta, mas logo me reconhece. Sento ao seu lado e sem dizer uma palavra ao perceber seus olhos mareados lhe abraço. Ela derrama suas lágrimas sobre meu corpo. Pacientemente escuto suas angustias, suas aventuras e desilusões. Sem muito o que dizer permaneço ali apenas afagando o momento, e a cada palavra que ela me transfere percebo que aquele discurso poderia ser meu. Ela procura um desejo, um carinho, um beijo que possa corresponder a sua vontade. Quer viver, ainda que efemero, um sentimento sincero. Eu não nego que aquilo me acordou. Ela era linda como em anos antes, e a lembrança saudosa de nossos esbarrões foi me alimentando. Não sabia o que ela pensava, mas antes que ela terminasse a frase que proferia eu a beijei.
Foi um toque leve entre os lábios, mas foi possível sentir a doce humidade de sua boca. Ela olhou-me agora apreensiva e por um segundo pensei que ganharia um tapa, ou que ela se levantasse e fosse embora, mas apenas recebi sua retribuição em um beijo ainda mais gostoso, um beijo entregue. Ela se levantou grudada em minha boca, a encostei na parede e me imprimi numa sequência longa de excitantes coladas. Olhamos a porta aberta e não exitamos. Era a vontade, não havia limite.
Fomos diretos ao quarto, ela já o conhecia de momentos outros, já sabia de meus segredos. Deitei-a sobre a cama ainda vestida, sua blusa revelou um pedaço da barriga que me atiçou a vontade de senti-la. Debrucei-me sobre seu corpo, minha língua corria sua pele. Mas quando encontrei em meu caminho seu umbigo, ela me segura firme e eu tentado me introduzir em seu corpo como um espírito, um barulho estranho me despertou.
Acordei assustado no tapete, estava terminando o Corujão.

3 comentários:

Alexsandra disse...

KKKK KKKKK
Só podia ser vc rafinha!!!!!!!
Boa sorte! Dias melhores virão!!
Bj.

Anônimo disse...

putz...
por um momento achei que era verdade
rsrsrs
abraços!!!

João Paulo Fernades disse...

rapazzzzzzz...
tu é criativoo rsrsrs.




abração grande rafa..
felicidades.