15 de setembro de 2010

O rio nunca é o mesmo

Ele acorda para mais um dia. Sua luta rotineira se inicia na viagem que altera o ambiente da realidade presente. Aos poucos os entes vão ficando cada vez mais distantes, e o que o circunda no momento que se segue é a incerta beleza do novo. O homem entregue ao mundo que agora o embala, se instala no sentido que o expressa melhor ao tempo. Ele é forte e seguro, o mundo é domável. O espaço que o recebe é acolhedor, como um primeiro encontro, como uma visita a casa dos tios. Mais o tempo passa e tudo que era colorido perde o brilho e a desgraça começa a se espalhar no horizonte. Em tudo que se sente haverá mudança. A vida, a rima, a dança. Cada novo verso é uma expressão. O homem se cansa da aventura cotidiana e em uma reação tipicamente humana, retrocede em busca de abrigo. Ele volta e tudo se encontra no seu devido lugar. As pessoas, os espaços. Tudo ali ainda é o mesmo,...





...mas já não é mesmo.

Um comentário:

Fr. Dhael disse...

Acabo de acorda de novo e a vida continua a mesma,...
talvez eu tenha mudado!