18 de setembro de 2010

Onírica Insensatez

Estavam aos montes em todas as partes. Em várias camadas, em dimensões de minha mente. Era um universo perfeito das imperfeições que me assumem. Ao lado de homens e mulheres que projeto, criando suas mazelas e incertezas, realçando suas loucuras sociais de equilíbrio estranho. Caminhavam pelos vagos pensamentos que me tenho.
De repente eram outros, e eu de novo no meio daquele povo esquisito. Bradava-me internamente um grito de insatisfação da realidade. Queria dormir. Acordei em outro canto cercado de coisas que queria a muito tempo. O belo se materializou num instante que nem me lembro como essa história começou. Agora forte de minhas convicções eu caminhava sublime, até deparar-me com a certeza do sonho. Estava eu percebendo o quanto o estranho era meu próprio personagem, e como a imperfeição do mundo é algo que apenas completa a complexa realização do perfeito sistema de realidades individuais. O universo se abriu em uma certeza que daria luz a um conjunto infinito de novas dúvidas. Perdi-me no limbo do inconsciente. Não me sentia presente. Tenho agora apenas a lembrança da paisagem além das janelas da Casa Verde, um o oceano que invade o píer de edifícios.
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Tive apenas uma noite estranha. Fruto de uma mistura descuidada.


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