8 de novembro de 2009

05.08

Sob uma perspectiva certamente não-áurea,
cujos agravantes são por demais graves, ativos e perceptíveis,
eu tomo uma decisão! Luzes, câmera, ação!
Parecia mais fácil decretar uma sentença de morte.
A dor de uma foice gélida e carregada de pecados a transpassar a carne;
seria menos difícil de afrontar, que alguns minutos regados a palavras e olhares tão intensos, que muito mais que à carne, transpassavam o âmago...
A angústia parecia-me deturpar os sentidos... turvar a razão... embolar o léxico...
Egoísmo, medo, desgosto... Mistura amarga aos sentidos... um auto-declarado flagelo à mim...
- "Oh Deus.... porque fiz isso? Porque é tão difícil aceitar? Porque dói tanto? Não era pra ser assim. Não comigo!"
E a resposta vem com maior peso e muito mais da minha abundante certeza incerta:
-"Era necessário. Simplesmente tinha de ser feito..."
Uma pena o coração estúpido não aceitar tão facilmente, apesar da lógica premente...


No fim (?!), resta uma esperança torpe e indigna:
-"Que tudo volte ao normal... mas diferente..."
.
.
.
.
Shakyamuni
...
Texto escrito por um poeta amigo sob circuntâncias específicas que mereciam a expansão própria dos sentimentos sinceros.

Um comentário:

Fr. Dhael disse...

A fraqueza emocional é responsável por todas as duras batalhas humanas.
Viver em si já é contraditório.
como bem cita um antigo manual samurai:
O que vale para o amor, também vale para a guerra.