4 de novembro de 2009

Adolescência Efervecente

Lembranças me vieram a tona, após um scrap de uma amiga no orkut.
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Era um garoto de cabelo vermelho, paletó, gravata, calça e pantufas, sentado numa cadeira estilo clássico em frente a aproximadamente duas mil pessoas. Ele não tinha ideia do que falar, mas sabia que não ficaria sem palavras. Este foi o último episódio de minha série pessoal.
Antes houve uma coreografia esquisita ao som de "Canteiros", um Pastor fajuto no "Santo Milagroso", um "Lampião" aviadado e um repórter estressado (Bate a foto Carijó!!!). No inicio de tudo houve ainda uma camisa preta, uma faixa grande e a indignação própria dos jovens.
A vida quando vivida intensamente é maior do que podemos defini-lá. Esses pequenos momentos experimentados nas Semanas de Arte Moderna, promovidas pelos alunos do CNEC de Jitaúna foram o berço para essa curiosidade cultural que me alimenta ainda hoje.
Várias histórias ficam a ser contadas, outras a serem lembradas apenas no silêncio do nosso íntimo. Mas de fato, a arte é um propulsor de emoções ilimitadas.
Sou parte de tudo que vivi naqueles dias alucinados e agradeço aos deuses do tempo por me proporcionarem tais desventuras.
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Lembro dessa amiga no meu colo, numa noite de céu escuro, correndo sobre uma grama molhada. Lembro também dela toda esparramada no chão após aquela fantástica queda. (rsrsrsrs)
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E termino meu retorno as lembranças com as últimas palavras que não foram minhas, mas de uma amiga que dizia assim:
"Adormeço em ti minha vida
imóvel, na noite e sem voz.
A lua, em meu peito perdida
vê que tudo em mim somos nós."
Cecília Meireles

Um comentário:

Thaisinha... disse...

Felizmente, ainda pude esta por tras das cortinas.
_ O velho abre e fecha-
Faz falta sim, essa parte de cultura.

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Mas quão belas palavras vindas de Cecilia.