18 de novembro de 2009

Homo Super Sapiens

O homem é um ser em constante transformação, e a informação é o combustível para as mudanças. Mas após milênios de evolução humana, qual o resultado que podemos tirar hoje de todo esse processo de (des) construção do planeta? Antes de analisar o todo vamos a parte ativa e provocadora das alterações, o ser humano.

Chegamos no tempo moderno a um estagio da espécie que parece ser o seu limite, mas talvez seja essa uma imprecisa impressão do que realmente acontece. Depois de nos erguermos e andarmos eretos; aprendermos a utilizar do ambiente que nos cerca e controlá-lo, o fogo; de recriarmos formas para facilitar o trabalho, a roda; de consolidarmos a associação humana com a formação das cidades, e constituirmos o poder e as normas reguladoras; de modernizarmos o planeta com novas tecnologias; e por fim, linkarmos o mundo em redes que aproximam ambientes e culturas distantes, o que nos resta hoje, seja talvez, retroceder. O homem precisa se reconhecer como único, para evoluir como individuo.

A evolução das massas chegou ao seu ápice, e demonstra falhas que precisam ser corrigidas. Essas, só serão possíveis de solucionar com a evolução individual, a revolução do pensamento próprio de coexistência e realização. Não nos cabe a intolerância, o preconceito e desrespeito com o outro.

O pensamento próprio preza pela coexistência das diferenças e pelo desenvolvimento intelectual que o debate promove. Não devemos apenas concordar com o que é dito, mas nos apoderarmos da ideia e realizarmos o processo de síntese particular, tomando a ideia como verdadeira pelo que sua razão comprova e sua emoção se satisfaz. É o primeiro dever do homem a busca pela sua felicidade, respeitando para isso apenas o espaço da felicidade dos outros. Tomar atitudes que conscientemente prejudique o outro é algo que só é feito na natureza pelo bicho-homem, uma ideia falida de satisfação, que não agrega nada de positivo a ninguém.

A construção de um ideal próprio facilita a compreensão do ambiente social, e faz assim, a inclusão do individuo no ambiente social que projeta e busca. Cada homem é responsável pelo seu destino, e a somente esse deve ser creditado resultado de suas ações.

O desenvolvimento de um ser único em cada ser produz uma sociedade igualitária, pelo simples motivo de sermos todos diferentes. Pode parece controverso, mas creio que com o pensamento particular, as manobras de massificação de idéias e ideais caem por terra, eliminando assim os grupos já existentes, sejam eles religiosos, políticos ou de qualquer outra espécie.

Como diria Tom Zé:

“Quero a unimultiplicidade. Onde cada homem é sozinho. A casa da humanidade.”
...
O resultado desta tese pode parecer utópico, e talvez seja, mas a sensação de quem vive esse comportamento é, com certeza, de uma vida bem melhor.

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