12 de dezembro de 2008

Conto de verão - II

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Aquela algazarra juvenil se deslocava pela alta madrugada na Praia da Pedra Vermelha, todos muito euforicos em suas investidas pessoais. O dia ameaçava nascer e o alcool aparentava acabar. Eis que no primeiro raio da alvorada um brilho no mar chama a atenção da turma.
Uma cesta surfando pequenas marolas se apresenta como um presente dos deuses, trazendo em seu leito algumas garrafas de Whisky e Rum, o combustível perfeito para que a farra se estendesse ainda mais. Aqueles garotos já tropegos se esbaldavam em suas alucinações etilicas. Foram a atração daquele recanto até que suas forças se esgotassem, lá pelas três da tarde.
Acordaram cinco dias após o ocorrido no Hospital Geral da Costa dos Coqueiros. Em suas lembranças haviam apenas resquicios de uma certa cesta com bebidas, alguns ramos de flores e bolinhos que pareciam acarajés. Diziam a esta altura, curtindo uma ressaca gigantesca, que o aquilo era obra do demônio.
O médico atendente sabiamente registrou no prontuário:
"Na alegria todo mundo quer mamar nas tetas do divino, mas depois da merda feita sai falando que caiu de boca foi na porra do diabo."
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Um conto sobre a inconsequência e o irreal.

3 comentários:

Thaisinha... disse...

meio que imaginou o que?








hã?

Fr. Dhael disse...

Pensei em uma farra patrocinada por Iemanjá...........
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e de fato isso já ocorreu com alguns conhecidos

Otília Amaral disse...

"Na alegria todo mundo quer mamar nas tetas do divino, mas depois da merda feita sai falando que caiu de boca foi na porra do diabo."
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RSRSRS...
Apesar de ser um conto essa frase é bem realista! E engraçada também rsrsrsrsrs...