3 de dezembro de 2008

Tempestade

Fechou o tempo e de uma hora para outra já não era dia. O céu brilhava em rabiscos assombrosos. A claridade dos relâmpagos me enchia a cara de visões inesperadas. O vento abria brechas no telhado e varria a chuva pra dentro de minha casa. Era um dilúvio e eu não tinha bote salva-vidas.
Peguei meu controle e aumentei o volume o máximo que podia. Da tela colorida da minha televisão o culto ao intenso se expandia. E o cara lá cantou:
.
"...
O vento vai dizer
lento o que virá,
e se chover demais,
a gente vai saber,
claro de um trovão,
se alguém depois
sorrir em paz.
Só de encontrar... Ah!!!"
.
*O vento - Los Hermanos

3 comentários:

Unknown disse...

O vento soprou nos quatro cantos desta terrinha abençoada, mas tudo é uma questão de estado de espírito e visão, qualquer um dá a esse fenômeno a canção que mais lhe apraz no momento. Aí vai a minha:

"Morando nos meus sonhos e na minha memória,
Pedi ao vento pra trazer você pra mim
Vento traz você de novo
Vento faz do meu mundo novo...
Voe por todo o mar e volte aqui, pro meu peito..."

Qual é a sua canção????

Thaisinha... disse...

...choveu, choveu...


gostei muito.

Otília Amaral disse...

Quando o sol iluminava o céu após uma tempestade eu acreditava na canção que dizia:

"Quando a chuva passar,
quando o tempo abrir, abra a janela e veja eu sou o sol.
Eu sou céu e mar eu sou seu e fim.
E o meu amor é imensidão..."

E o tempo passava e a chuva não cessava, certo que havia tempos de trégua onde a tempestade se camuflava em uma leve garoa e acreditávamos que ela iria embora, mas, ela sempre permanecia constante e quando menos esperávamos ela voltava mais forte...

...Então preferi girar meu planeta em busca de um país distante onde o sol também brilhe no céu e não apenas em nós e mesmo que venham as tempestades que elas sejam passageiras. Ainda procuro este lugar, talvez já esteja perto, talvez ainda longe, mas eu chego lá!