9 de dezembro de 2008

Conto de verão

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Saiu do mar revolto em seu traje de banho ousado. Trazia nas costas uma tatuagem exótica que lhe transformava no personagem mais instigante daquela praia. Seus músculos trabalhados saltavam discretamente aos olhos das garotas que ali estavam. Não havia outro macho. Ele era o rei e ninguém podia enfrenta-lo.
Subiu da areia ao gramado rasteiro que completava a paisagem dos coqueiros locais. Limpou os pés e calçou suas havaianas vermelhas. As mulheres babavam na sua presença. Era um deus, talvez Adónis. Todas as fêmeas se insinuavam, deixando seus corpos à mostra.
Um amigo lhe chegou, igualmente lindo. Trazia seus óculos escuros e uma alegria que se via no olhar. Colocou seus óculos sobre o cabelo, beijou seu namorado e rumou para seu destino.
Era terça-feira, 9:30h da manhã, e chuviscava ao sol na Costa dos Coqueiros.
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Um conto sobre a ironia moderna.

2 comentários:

Anônimo disse...

kra valew pelo toque...
muito obrigado!
rsrsrs

até qualquer dia...

Thaisinha... disse...

Tão perceptivel os fatos numa escrita tão, tão...