5 de novembro de 2008

depois de ontem

Os olhos que não se cruzam discretos e curiosos; O jeito sem graça de falar o que pensa que cria uma redoma de silêncio sobre nosso andar; O modo disconfiado que encosta tua pele em minha boca; O tempo distante e alheio que não se prende a nada.
Estou aprisionado em minha torre de marfim.
Mas tudo há de se encontrar na fragância das palavras. Antes que te nasça o medo de me encarar, estando eu em teus sonhos e em teus pensamentos diurnos, incomodando teu viver comum, serei suficientimente eu, do jeito que tu me vê e, do jeito que sabes, sou. Irás ouvir o que sabes que queres que eu diga e tudo retornará a um novo e velho conhecido pôr do sol. Você estará abrigada e guardada de mim...
...em mim.


*texto inexplicável e necessário.

Um comentário:

Unknown disse...

Que poder tem o poeta em descrever um modesto cumprimento com tamanha doçura, possibilitando ao leitor viver o não vivido e se perder na perfume das belas palavras.

A vida é movida por palavras, mas a força está na capacidade de interpretar as entrelinhas e chegar no mais profundo pensamento do autor.

"Isso faz bem pro Ego", rsrs

Que Deus te proteja e guarde

Caroline Ribeiro