17 de novembro de 2008

Retalhos de Vênus

Abro os olhos para tua beleza angelical que destrona os deuses olímpicos sem o menor pudor, nem moderação. Teu olhar brilhante sobre a pele alva, teu falar criança que me acalma e deixa um vão de distração sobre o peito calejado. Leve como uma pluma pela noite plácida, vai teu sonho e vida que me encantou. História própria de um amor que poderia ser.
Fecho as mãos sobre as tuas numa ânsia minha de te afagar. Sussurro em teu ouvido o que me parece precisar entender. Mas de nada adianta te dizer se o que quero é que seja você numa forma sua de se querer feliz. Tua rubra pele e consciência nua de descrição natural, é tão quente e fria que não sabes onde vai se encontrar. É no teu desejo e loucura contida que há de habitar um mundo novo.
Deito teu rosto em meu colo como quem acaricia a fortaleza discreta com tamanha satisfação que me permito ir além do que devia. Tua incoluminável forma de se desvandar ao meu sentido, deixa perdido o meu controle pessoal. Escrevo curvas em meus destinos, e menino me sinto sem te revelar.
Tu que é de sempre em meu desejo, está no peito de um jeito eternizado, que mesmo enamorado da vida, ainda me habita você.
...
Costuro retalhos em meu universo.

Um comentário:

Unknown disse...

É essa a graça da vida....poder extrair o melhor de cada um e construir uma linda e confortável colcha que nos acalente a alma.