8 de novembro de 2008

Novo eterno Amor

As lágrimas que derramo sobre o teclado não se definem se de alegria ou desespero, pois vejo o novo me cercando e o velho se distanciando amarrado a mim. Meus conceitos, convicções, planos, sonhos, são modificados por minha desumana incerteza que alvorece na sombra dessa alucinada paixão. Me encaminho para um horizonte distante do já conhecido.
Tuas palavras que me seduzem, teus verbos e adjetivos bem utilizados que destroem as chances de me reconstruir, são feitiços que não deveria ter ouvido. Agora não sei até onde pode ir meu corpo sem o coração. Meu pulsar é diferente, meu sentir é diferente, meu estar é referente ao teu contato. Meu tato ao te encontrar revitalece as células desse novo eterno amor. Quero me perder em teus encantos, mas por enquanto meu poder não me permite.
O meu amor envelhecido, mas amor, corre perigo ao não estar ocupando o seu lugar de direito. Eu sinto a falta de um beijo, um carinho, um colo. Sou um pobre anjo sem ninho que deixou de voar. Um pobre homem menino aprisionado ao solo. Meu consolo ainda é gostar do amor. E meu pecado é não te abandonar.
Quantas vezes meu peito irá bater forte nessa vida anunciando um novo amor? Quantas vezes meu olhar há de brilhar intensamente ao ver a morena que passa? Na massa eu sou mais um, mas em você eu sou o mundo. Me afundo no desejo, e do beijo busco fugir.
As noites passam vagarosas sem o perfumes das rosas ao vento. Escuto meu lamento que vai sem direção.
...
"...sereno é quem tem a paz de estar em par com Deus."
.
Incorporação do momento anterior. Personagem distante. Um pouco de todos nós.

2 comentários:

Unknown disse...

"Veja você onde é que o barco foi desaguar...A gente só queria um amor...
Deixa chegar o sonho
Prepara uma avenida
Que a gente vai passar"

Trilha sonora perfeita pra esse conto tão instigante e surreal.

...mera coincidência, rsrs

Thaisinha... disse...

Muito bom!
o encaixe perto.